Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Entidades divergem sobre lei do mandado de segurança

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Entidades divergem sobre lei do mandado de segurança

Congresso em Foco

10/8/2009 21:31

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Mário Coelho

Apesar de publicada na edição desta segunda-feira (10) do Diário Oficial da União, a lei que regulamenta o mandado de segurança já causa polêmica. Enquanto o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, disse que o texto causa um "apartheid no Judiciário entre ricos e pobres", o presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), José Carlos Cosenzo, viu avanços na nova regra.

Sancionada pelo presidente Lula após ser aprovada pelo Senado em 15 de julho, a lei regulamenta o mandado de segurança coletivo, criado em 1988 pela Constituição Federal, mas que ainda não havia sido disciplinado por legislação ordinária. Na visão do governo, a nova regra vai permitir consolidar a jurisprudência dos tribunais sobre o assunto.

O mandado de segurança é uma ação que assegura a qualquer pessoa a possibilidade de reivindicar um direito ameaçado ou violado. A lei equipara às autoridades os representantes de partidos políticos e administradores de entidades autárquicas. Um mandado de segurança coletivo pode ser ajuizado por partido político com representação no Congresso e sindicatos e entidades de classe criados há um ano, no mínimo.

Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer uma delas poderá requerer o mandado de segurança. "A nova lei é elitista e fere de morte o direito de defesa do cidadão", disse Cezar Britto.

O presidente nacional da OAB comentou que, quando o texto foi aprovado pelos senadores, a entidade enviou ao Palácio do Planalto sugestões de vetos à lei. Para a Ordem, deveriam ter sido vetados o artigo 7º, III, e o parágrafo segundo do artigo 22, que condicionam a concessão de liminares à prestação de garantia e "amesquinham" a amplitude constitucional do Mandado de Segurança. O segundo veto proposto pela OAB é ao dispositivo que proíbe liminares em favor de servidores públicos, quando diz respeito a matéria remuneratória.

"O mandado de segurança, instituído em 1932, possui status constitucional desde 1934, e não podia ser amesquinhado pelo legislador ordinário", criticou Cezar Britto, que analisou o efeito da nova lei. Para ele, a regulamentação vai causar um "um verdadeiro apartheid no Judiciário entre pobres e ricos, dificultando o acesso das pessoas mais necessitadas à Justiça".

O presidente da Conamp não entende assim. Para ele, o texto é um avanço. "A discussão sobre a regulamentação é antiga. O mandado de segurança é um dos melhores remédios para que você possa fazer correção de abuso de autoridade ou ilegalidade", opinou. Ele apontou como qualidade da lei a possibilidade de existir uma "economia processual". Para exemplificar, Cosenzo citou a recente lei posta em prática em São Paulo, proibindo o fumo em locais fechados.

"Se algum fumante quiser entrar com um mandado de segurança, agora vai poder fazer em conjunto, ao invés de cada um entrar com uma ação e entupir o Judiciário", exemplificou Cosenzo. O membro do Ministério Público não vê a regra como criadora de um apartheid. Na opinião dele, isso é "um excesso de preciosismo da Ordem". "É um granda avanço. Nós não temos uma tradição milenar no direito. Portanto, será com a utilização dessas ferramentas que a gente pode ver se funciona ou não", finalizou.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem Reportagem

LEIA MAIS

Dilma nega reunião com ex-secretária da Receita

Lula nega pressão de Dilma para beneficiar Sarney

Collor volta a defender permanência de Sarney

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

PEC da Blindagem

Silvye Alves pede desculpas por voto a favor da PEC da Blindagem

2

IMUNIDADE PARLAMENTAR

Senadores ameaçam enterrar a PEC da Blindagem

3

PEC da Blindagem

Em vídeo, Pedro Campos diz que errou ao apoiar PEC da Blindagem

4

PESQUISA QUAEST

Eleições: Lula lidera todos os cenários; 76% querem Bolsonaro fora

5

PEC da blindagem

Artistas brasileiros se posicionam contra a PEC da Blindagem

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES