Simone Tebet é eleita pelo júri a melhor senadora de 2018

Maioria do eleitorado, as mulheres são minoria no Congresso. Mas estão com tudo no Senado. Três representantes da bancada feminina foram as premiadas na categoria "Melhores senadores" desta 11ª edição do Prêmio Congresso em Foco. Simone Tebet (MDB-MS) foi eleita a melhor senadora na avaliação do júri especializado. A lista dos cinco mais bem avaliados pelo júri especializada é completada por Ana Amélia (PP-RS), vencedora do ano passado, Regina Sousa (PT-PI), Armando Monteiro (PTB-PE) e Paulo Paim (PT-RS). Os nomes deles foram anunciados na cerimônia de entrega do prêmio na noite desta segunda-feira (13), no Porto Vittoria Espaço de Eventos, Brasília. "Mais importante que estarmos num ano de eleição, estamos num momento muito difícil da política. A sociedade já não se vê representada por nós", disse a vencedora. Simone Tebet também fez um apelo aos colegas: "Aqui vai aos meus colegas do Congresso Nacional: após a eleição, vencido o candidato ou candidata, é hora de repensar nosso papel na democracia brasileira". Para finalizar o discurso, a senadora fez uma autocrítica do Legislativo. "Aos amigos e amigas congressistas: há muito o que fazer e é preciso resgatar a credibilidade das instituições políticas". Simone Advogada, professora universitária e doutoranda em Direito Constitucional, Simone foi prefeita duas vezes de Três Lagoas e vice-governadora de Mato Grosso do Sul antes de chegar ao Senado, em 2014. Também trabalhou como assessora jurídica da Assembleia Legislativa do estado. Aos 48 anos, tem atuação voltada para a pauta municipalista e o combate à violência contra a mulher. Ganhou projeção nas discussões jurídicas do processo de impeachment de Dilma, no qual votou pela saída da petista. É filha do ex-presidente do Senado Ramez Tebet, falecido em 2006. Ana Amélia Ana Amélia é candidata a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB). Jornalista especializada em economia, ficou conhecida por seu trabalho no grupo RBS, onde atuou por três décadas, entre Brasília e Porto Alegre. Chegou ao Senado em 2010, em sua primeira disputa eleitoral. Uma das lideranças da Frente Parlamentar Agropecuária, atua na defesa do agronegócio e da livre iniciativa. Também tem projetos na área da educação e da saúde. Aos 73 anos, preside a Fundação Milton Campos, instituição de formação política do PP. Regina Formada em Letras, Regina Sousa tem origem nos movimentos estudantil e sindical. Trabalhou como quebradeira de coco e professora dos ensinos fundamental, médio e universitário e no Banco do Brasil. Uma das fundadoras da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Piauí, foi dirigente nacional da entidade. Assumiu no Senado no início de 2015, após a posse como governador de Wellington Dias (PT), de quem era suplente. Aos 67 anos, tem atuação voltada para movimentos sociais, direitos humanos e minorias. Paim  Metalúrgico e sindicalista, foi um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Filiado ao PT em 1985, foi eleito deputado constituinte no ano seguinte. Aos 67 anos, é autor dos estatutos do Idoso, da Igualdade Racial e da Pessoa com Deficiência e do projeto de lei que elimina o fator previdenciário. No Senado desde 2003, tem atuação voltada para as questões raciais, trabalhistas, previdenciárias e do funcionalismo público. Preside a CPI da Previdência. Armando Monteiro Administrador de empresas, industrial e advogado, Armando Monteiro foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e deputado federal por três mandatos consecutivos. Foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no segundo governo Dilma. O júri Integraram o júri este ano a consultora empresarial Anna Paula Losi, o analista político Antônio Augusto de Queiroz, a professora e pesquisadora Marisa Von Bülow, o jornalista Sylvio Costa e o líder ativista Tom Barros (saiba mais sobre cada um dos jurados). Os jurados levaram em conta critérios como a assiduidade em sessões deliberativas, a participação nos debates do Parlamento, o desempenho na apresentação de propostas legislativas, a capacidade de articulação política e os compromissos no combate à corrupção e ao desperdício de recursos públicos e na defesa da democracia e do desenvolvimento sustentável.  

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