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Limites na adolescência: uma missão para pais e instituições de ensino

Congresso em Foco

27/9/2006 0:00

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Silvana Martani*

Os pais sempre esperaram da escola muito mais do que ela poderia dar aos seus alunos, e a escola sempre duvidou da educação e formação que os pais dão aos seus filhos. Esse tem sido um dos problemas que atrapalham muito quem fica no meio disso tudo: o aluno.

De um lado, os professores condenam a falta de limites e o pouco tempo que os pais dedicam aos filhos por conta de seus afazeres e profissão; e os pais, por mais cara que seja a escola, bem equipada e com um corpo docente qualificado, não têm suas expectativas atendidas, pois esperam mais dos orientadores, professores e diretores nos quesitos disciplina, coerência, orientação e liderança.

Hoje temos um público mais exigente nas salas de aula, mais sensível, antenado com suas necessidades, clamando por orientação e limites. Toda evolução dos últimos anos colaborou para que nossas crianças e adolescentes fossem estimulados a perceber e se posicionar frente a tudo e a todos. Mas toda essa estimulação e toda essa exposição a vários tipos de estímulos os tornaram mais imediatistas, irritados, ansiosos, insatisfeitos e profundamente angustiados.

Essas são características de jovens e crianças em alguns momentos de seu desenvolvimento, mas a hiperexposição a que estamos sujeitos, com os meios de comunicação mais rápidos, as tecnologias e a velocidade com que as coisas se tornam obsoletas, contribuíram para que estes sentimentos se potencializassem dificultando a vida de quem precisa aprender e de quem quer ensinar.

Somadas a isso tudo, as exigências de sucesso, desempenho e aumento do volume e carga horária de trabalho impõem aos pais um desgaste, tanto emocional quanto físico, que a maioria tem dificuldade de administrar. Com isso, a forma de nos relacionar com as pessoas, fatos e rotinas mudou, alterando as condutas, e conseqüentemente, as noções de limites dadas aos filhos.

Os pais passaram a ser naturalmente, pela ausência, mais permissivos, tolerantes e menos atuantes no limite pontual. Chamo de limite pontual a atuação exata que acontece quando o filho está necessitando de um não. Com os pais fora de casa por mais tempo e sem poder atuar sobre o comportamento inadequado quando ele acontece, a escola se tornou um aliado poderoso na luta pela formação e educação de seus filhos.

Com certeza, a escola tem tentado acompanhar o ritmo que as coisas acontecem e tem feito muito com o pouco que algumas instituições têm à disposição, mas ainda é insuficiente.

Os alunos passam de quatro a seis horas em média nas escolas e mais um tanto em cursos complementares para que seu dia seja preenchido com atividades produtivas, culturais e adequadas. Os pais esperam que essas instituições primem pela boa orientação e formação, mas, como não estão presentes e nem por perto o quanto gostariam, se sentem inseguros.

Essa distância cria um sentimento de frustração bilateral. De um lado, escola, que não conhece ou conhece pouco os pais, e, de outro, os pais que não estão a par das regras, rotinas e orientações da escola.

Os pais e a escola precisam se aproximar.

Esse relacionamento está longe de ser tranqüilo e deve ser revisto. Os pais precisam participar mais da escola, comparecer às reuniões, dar sugestões, colaborar com as iniciativas, incentivar o bom relacionamento de seus filhos com a instituição de ensino e sair da posição passiva do "estou pagando, eles que se virem" ou "o governo é que tem que dar jeito nisso".

Os pais precisam estar perto dos professores e de seus filhos, conhecê-los, saber de que maneira eles se relacionam, qual a leitura que estes fazem das atitudes dos alunos, como lidam com a disciplina, os conflitos e o conteúdo programático, enfim, como pensam. A escola precisa saber o que esperar dos pais de seus alunos, suas necessidades, dúvidas, medos, expectativas e orientá-los a ser um braço da escola e somar esforços.

As crianças e adolescentes são fruto das oportunidades, da família e dos ambientes que freqüentam. Quando escola e família andarem juntas, teremos menos problemas com nossos jovens.

*Silvana Martani é psicóloga da Clínica de Endocrinologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo (CRP06/16669). Site: www.psicologa.psc.br.

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