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Congresso em Foco
15/12/2017 9:00
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Para Chico Mendes, as reservas extrativistas, sua principal bandeira política e ecológica, são áreas pertencentes à União de usufruto de todos os trabalhadores organizados em cooperativas e associações. Para ele, funcionava como princípio a certeza de que na Amazônia não é a terra que precisa ser dividida, mas sim é a floresta que não pode ser privatizada.
Associado a isso, sua relutância em denunciar as ações predatórias e violentas dos fazendeiros contra a floresta e os trabalhadores, as ameaças de morte passaram a ser constantes.
"Cabra marcado para morrer", a promessa se fez realidade. No dia 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi assassinado a tiros na porta de sua casa, exatamente uma semana após ter completado 44 anos.
A Lei número 12.892, de 13 de dezembro de 2013, de nossa autoria, homenageia Chico Mendes declarando-o patrono do Meio Ambiente brasileiro, da mesma forma que emprestar o nome ao Plenário da Comissão da Amazônia traz seus princípios permanentemente à reflexão no parlamento brasileiro.
A luta e a vida de Chico Mendes não foram em vão e muito menos inglórias. Precisamente na atual conjuntura, de visível retrocesso político de um governo ilegítimo e lesa pátria, que golpeia a soberania nacional, mascateia terras com estrangeiros e aliena nossa biodiversidade, o legado de Chico Mendes florescerá como a esperança símbolo de luta do povo brasileiro no resgate da dignidade nacional.
* Deputada federal do Partido Socialista Brasileiro eleita pelo Amapá.
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