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Tá quente. Tá morno. Tá frio!

Congresso em Foco

8/9/2006 | Atualizado às 16:38

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Curt Nees*

"A eleição está fria porque tem candidatos ruins. É um campeonato da Terceira Divisão. Daí as arquibancadas vazias. Faltam as figuras carismáticas, tipo Leonel Brizola. É a eleição mais sem graça e despolitizada da História. Perde até para as que aconteceram durante a ditadura." Com estas palavras, o cientista político Renato Lessa, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) define a falta de empolgação nas eleições 2006. Poucas foram as vezes que escrevi um texto começando pelo título. Quase sempre o escolho após escrever o artigo. Neste decidi ainda antes de escrevê-lo: "Tá quente. Tá morno. Tá frio!".

E, por uma incrível coincidência, deparei-me com as palavras do doutor Lessa exatamente durante a escrita destas linhas. Fico feliz, pois vi que estava correto na minha linha de raciocínio. Às vésperas de completar 60 anos, já passei por muitas eleições. Já vi disputas acirradíssimas. Já vi eleições mais amenas. Mas nada se compara com o que estamos vendo hoje, de Norte a Sul do país. Nada é igual à frieza destas eleições, como podemos ver nas ruas de nossas cidades, nas rodas de amigos. Parece que ninguém quer nada com nada.

Dias desses fiz uma "pesquisa" por minha conta. Contei 100 carros durante uma manhã, outros tantos à tarde, e mais um centena à noite em Jaraguá do Sul, um dos mais importantes municípios de Santa Catarina, e onde residem cerca de 130 mil habitantes. Aqui temos seis ou sete candidatos locais disputando vagas para deputado estadual e/ou federal, além da nossa vice-prefeita, licenciada, que concorre ao cargo de vice-governadora. Nos três períodos pesquisados, obtive uma média de dois (eu disse dois!) carros portando adesivos dos candidatos locais. Um dos veículos pertencia a um postulante ao cargo de deputado estadual. Imagino que na grande maioria das cidades brasileiras esteja ocorrendo esse mesmo fenômeno.

Quando a legislação eleitoral proibiu nestas eleições o uso de outdoors, entre outros artifícios, vi no adesivo a grande, senão a única, saída para os candidatos. Até porque o tal programa gratuito de rádio e TV também está longe de interessar aos eleitores. Ledo engano! E qual a razão de tão poucos carros adesivados? A única coisa que me ocorre - e penso não estar enganado! - é a vergonha que a grande maioria da população sente em relação à classe política como um todo. Outro motivo, sem dúvida, foi a coincidência de a eleição cair num ano conturbado politicamente, cheio de mensalões, sanguessugas e outros delitos menos votados.

Mesmo sabendo que ainda existem bons políticos, que temos homens públicos preocupados com o bem-estar da população e do próprio Brasil, estes acabarão pagando a conta que uma grande parcela da classe política está devendo ao país, ao povo brasileiro. E vai pagar muito caro, pois a conta não é pequena. Só nos resta procurar, entre os demais, os "menos piores".

E salve-se quem puder, como puder... se puder!

* Curt Nees é publicitário em Jaraguá do Sul (SC)

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