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Congresso em Foco
13/7/2005 16:25
Sônia Mossri |
O governo fez as contas e pretende correr o risco de aprovar o salário mínimo com uma margem apertadíssima. Para o Palácio do Planalto, quanto mais se prolonga o acerto com os senadores, mais caro se torna o custo para o governo. As difíceis negociações deram a medida da fragilidade da coalizão montada pelo governo Lula no Congresso. Os ministros da Coordenação Política, Aldo Rebelo, e da Casa Civil, José Dirceu, além dos líderes dos maiores partidos da base aliada, como PMDB, PT e PTB, foram atropelados por um festival de reivindicações dos parlamentares. No início da semana, o governo ainda cogitava somente colocar em votação a MP quando houvesse certeza de votos suficientes para uma vitória folgada. Isso serviria para dar uma demonstração de força no Congresso. Esqueceram que o Senado funciona de uma forma diferente da Câmara dos Deputados. Alguns exemplos. O senador Valmir Amaral (PMDB-DF), dono de uma frota de ônibus, aproveitou a caça aos votos e iniciou novas negociações sobre dívidas de suas empresas com o governo, sobretudo com uma subsidiária da Petrobrás, a BR Distribuidora. Senadores do próprio PMDB comentavam, escandalizados, que colegas tentavam amenizar problemas com a Receita Federal, Banco do Brasil e INSS nas conversas com o líder do partido na casa, Renan Calheiros (AL). Como sempre, o próprio Renan afirma que nunca ouviu falar do assunto. Em alguns casos, promessas não bastaram. Os três senadores do PL - Marcelo Crivela (RJ), Aelton Freitas (MG) e Magno Malta (ES) - receberam um recado do Planalto: se não votarem a favor do salário mínimo de R$ 260,00, o partido deles perderá o Ministério dos Transportes, comandado por Alfredo Nascimento. O vice-presidente José Alencar entrou no jogo e avisou: votem com o governo porque Lula está mesmo disposto a demitir o ministro dos Transportes, caso se confirme a rebelião dos três senadores do PL. O esforço foi concentrado na Esplanada. O ministro da Integração Regional, Ciro Gomes, pegou o telefone e pediu à ex-mulher, a senadora Patrícia Saboya (PPS-CE), que andou demonstrando hesitação em votar com o governo, para apoiar o salário mínimo de R$ 260,00. |
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