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Congresso em Foco
5/9/2016 | Atualizado às 21:16
[fotografo]José Cruz/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Meirelles foi o nome sugerido por Lula para Dilma tentar escapar da crise que depois se implantou no país. E surgiu como o salvador da economia na gestão Temer. Seu nome surtiu efeito político porque acalmou o mercado financeiro com sua credibilidade. O ministro refez as contas e encontrou o déficit fiscal de R$ 170,5 bilhões neste ano. Em 2017 será de R$ 139 bilhões. Mas Meirelles já anunciou que antevê crescimento do PIB próximo ano.
Flanando na sua credibilidade, Meirelles passou a ser personagem de uma brincadeira dos colegas da Esplanada dos Ministérios, e até dentro do Palácio do Planalto, que é ser chamado de "presidente". Em um encontro recente com empresários do setor de comercio, serviços e turismo em Brasília, um executivo privado chamou Meirelles de presidente por engano. O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, gostou da gafe e terminou lembrando ao ministro da Fazenda que não é somente ele, Padilha, que chama o colega de presidente e que a brincadeira, também feita por Temer, está "pegando".
Meirelles é filiado ao PSD e finge que não liga quando é chamado de presidente. Não quer constranger o chefe que pode se candidatar em 2018. Mas é o nome dos sonhos da cúpula da sua legenda, o também ministro Gilberto Kassab, para encabeçar a chapa presidencial nas próximas eleições ao Planalto. O vice seria o senador e atual chanceler José Serra (PSDB-SP). Se resolver a economia, Meirelles terá cacife político para usar a mesma bandeira de FHC e concorrer à Presidência.
Talvez o comportamento flexível de Meirelles no ajuste fiscal ao aceitar não amarrar os gastos dos governadores com pessoal e a admitir o reajuste de salários de servidores federais já faça parte da pré-campanha do "presidente" Meirelles. Mas se o excesso de bondade política ao propor e executar o ajuste nas contas públicas atrapalhar a economia, o ministro não poderá utilizar a mesma bandeira da economia que beneficiou FHC para transformar a brincadeira de ser chamado de presidente em realidade.
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