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O jovem SUS e o corona

Congresso em Foco

8/5/2020 | Atualizado 9/5/2020 às 13:49

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Sistema Único de Saúde (SUS) [fotografo] Agência Brasil [/fotografo]

Sistema Único de Saúde (SUS) [fotografo] Agência Brasil [/fotografo]
*Luiz Antonio Teixeira Jr Nascido junto com a Constituição de 88, o SUS (Sistema Único de Saúde) é um jovem prestes a completar 32 anos. Ele cresceu e, ao longo da vida, foi afetado por decisões tomadas por diferentes governantes, cada qual com linhas ideológicas e interesses distintos, às vezes díspares, que ocuparam o poder desde então. Nesse período, o jovem SUS assistiu a mudanças radicais, em todos os campos. Da tecnologia à forma como as pessoas passaram a lidar com o trabalho, com a alimentação, com o corpo e com a alma, incluindo até a mudança no perfil religioso da nação. Nada é mais como antes. Nem será no futuro igual ao que conhecemos no presente. Faltando meses para completar 32 anos, esse jovem enfrenta o maior desafio da sua existência: o coronavírus. E terá que provar que, com todas as suas qualidades e defeitos, acumuladas ao longo da vida, ele tem capacidade de encarar essa guerra. É como se este jovem estivesse enfrentado um câncer. Para se curar, terá de abandonar velhos vícios e maus hábitos:  o cigarro, o excesso de gordura e álcool, além da certeza não de que é um super-homem que não precisa da ajuda de ninguém. Para enfrentar essa doença, o jovem SUS vai precisar assumir suas responsabilidades e deixar para trás aquilo que o faz mal. O excesso de burocracia, para início de conversa. Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei Complementar 172/20, que assinei em parceria com a deputada Carmem Zanotto (Cidadania-SC) e outros parlamentares. Ele autoriza o SUS a utilizar os recursos parados nas contas dos Fundos Estaduais e Municipais de Saúde, além do Distrito Federal, para o combate ao coronavírus. Trata-se de nada menos do que R$ 6 bilhões - não, você não leu errado, R$ 6 bilhões mesmo! - que foram destinados nos últimos cinco anos pelo Ministério da Saúde a convênios  diversos (obras, aquisição de equipamentos, programas etc.), mas que,  jamais executados, não podiam ser utilizados para outros fins. Ou seja: estavam nesses fundos fazendo a festa dos ... banqueiros. E por quê? Porque existe um cabedal de leis, portarias, resoluções que atravancam e impedem a agilidade dos processos e o dinheiro não chega a quem realmente precisa. Toda crise é também uma oportunidade. E essa poderia deixar legados, não apenas no campo técnico (nunca tantos cientistas trabalharam juntos na tentativa de descobrir a cura de uma doença), mas também no assistencial.  É um equívoco sem tamanho a estratégia única de montagem de hospitais de campanha, que, depois que forem desmobilizados, não deixarão legado. Em vez disso, poderíamos estar equipando as unidades que já existem e que precisam ser reforçadas, racionalizando a infraestrutura existente que, no caso do Rio, é gigantesca. Nosso jovem SUS precisa sair dessa crise mais forte, com ferramentas mais ágeis para responder às necessidades de uma população que, no seu dia a dia, não consegue marcar consultas, fazer exames nem cirurgias.  Deve se concentrar na Saúde, com medidas de prevenção, e não apenas na doença. Ele sairá dessa crise entendendo que, aos 32 anos, ele já não é menino, que 75% dos brasileiros dependem dele para viver. O cuidado com o corpo terá que maior, será necessário fortalecer seus laços com médicos e profissionais de Saúde - não só a nível salarial, mas também nas condições de trabalho. Ele precisará compreender que não poderá nunca parar de estudar, porque a educação continuada, a pesquisa e a formação multiprofissional é o que permitirá que ele evolua e se mantenha produtivo no futuro. Se ele não compreender isso e não mudar seus velhos hábitos, estará condenado a virar um doente crônico no futuro, podendo até vir a falecer de morte súbita, com todos os seus órgãos entrando em metástase. O SUS é uma conquista, um filho de todo o Brasil. Ele tem qualidades e defeitos, erros e acertos, mas é um trabalhador incansável, que merece nossa atenção. Esse filho, que vai cuidar de nós na nossa velhice, agora tem a difícil missão de salvar a si mesmo e as vidas de milhares de brasileiros ameaçados pelo coronavírus. É hora de nos unirmos em torno dele. *Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. deputado federal (PP-RJ), presidente Comissão Externa do Coronavírus da Câmara.
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