Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
16/9/2019 | Atualizado às 20:29
Na última quarta-feira (11), Alcolumbre tentou votar no Plenário do Senado o projeto de lei sem antes passar pela análise da CCJ. A intenção causou insatisfação e as bancadas do Podemos e do PSL entraram em obstrução. Apesar do acordo firmado entre os líderes para passar a matéria em uma sessão extraordinária da CCJ nesta terça-feira (17), até o momento a apreciação do PL não está prevista na pauta. Tebet não é a única insatisfeita com o projeto de lei. Os críticos do PL argumentam que ele modifica a legislação eleitoral para aumentar o valor repassado aos partidos, autoriza a contratação de advogados e contadores com o dinheiro do fundo partidário, reduz o montante a ser bloqueado pela Justiça eleitoral em decorrência de multas, libera o uso da verba para o pagamento de sanções, juros e aluguel de imóveis e, ainda, o impulsionamento de publicações na internet. Outro ponto criticado pelos senadores contrários ao projeto de lei, é a determinação da volta da propaganda eleitoral gratuita, também bancada pelos cofres públicos. Os defensores da mudança alegam que o aumento dos recursos se faz necessário devido ao maior número de candidatos em relação à eleição passada. Já os críticos dizem que a alteração não se justifica porque as eleições de 2018 eram muito mais dispendiosas e que essa diferença poderia ser usada no financiamento da saúde e da educação. O relatorWeverton-rocha/"> Weverton Rocha (MA), líder do PDT, diz que as críticas são infundadas e que a aprovação do projeto não implicará aumento de gastos públicos. Ele sugere, ainda, que os parlamentares contrários à utilização desses recursos que convençam seus partidos a renunciarem a esse dinheiro. "Eles devem pedir aos seus partidos que abram mão do fundo eleitoral junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Se não vão usar esse dinheiro, o recurso volta para a União. Esses partidos que estão obstruindo poderiam dar o exemplo para o país devolvendo o fundo eleitoral", sugere. A proposta relatada por Weverton não fixa um valor para o fundo, mas deixa a quantia em aberto para ser discutida na votação do orçamento. No projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado ao Congresso, o Ministério da Economia havia fixado em R$ 2,5 bilhões os recursos a serem repassados para o fundo eleitoral. O líder do Novo na Câmara, Marcel van Hattem (RS), apontou que havia um erro na estimativa e o valor foi reduzido em 27% para R$ 1,86 bilhão. O fundo é composto por, no mínimo, 30% das emendas de bancadas estaduais, além da compensação fiscal de propaganda partidária na TV e rádios. A proposta aprovada pelos deputados também deixa indefinido o montante das emendas que comporão esse fundo, abrindo margem para que essa quantia ultrapasse os atuais 30%. Dessa forma, caberá ao relator da LOA, deputado Cacá Leão (PP-BA), estabelecer o valor e submetê-lo ao Congresso. Cacá chegou a a propor a elevação do fundo para R$ 3,7 bilhões. Mas recuou após pressão nas redes sociais e críticas dos presidentes Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia (DEM-RJ), da Câmara. Com informações da Agência e da Rádio SenadoVocê concordaria com um projeto que dificulta a transparência e a fiscalização dos recursos dos fundos partidário e eleitoral e que permite o uso, sem limite de valor, desse dinheiro público na contratação de advogados para a defesa de partidos e políticos?
- Simone Tebet (@SimoneTebetms) September 16, 2019
Temas
LEIA MAIS
Checagem acessível
Cadastro de condenados por violência doméstica avança na Câmara
Direitos Humanos
CDH analisa projeto que dispensa vítima em audiência com agressor
PRÊMIO CONGRESSO EM FOCO
Veja quem integra o júri do maior prêmio da política brasileira
PRÊMIO CONGRESSO EM FOCO
Falta um dia para o "Oscar da política"; veja como acompanhar ao vivo