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PT critica invasão de reunião que planejava ato contra Bolsonaro

24/7/2019
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Policiais questionam organizadores de ato contra Bolsonaro dentro de sindicato dos trabalhadores de educação do AM, em Manaus - Ana Cristina Rodrigues/Divulgação
Principal partido de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro, o PT criticou a invasão da reunião realizada no Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), em Manaus. Nessa terça-feira (23), três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) entraram no encontro de movimentos sociais que organizam um protesto por ocasião da visita de Bolsonaro à capital do Amazonas. Com armas em punho, os policiais questionaram participantes sobre o protesto. Alguns relataram que os agentes agiam por ordem do Exército. O Comando Militar da Amazônia (CMA) definiu como “infundada” informação, além de afirma que desconhecia a realização da reunião. Destacou que o órgão atua com base nos “princípios da legalidade, estabilidade e legitimidade”. O PT considera o caso como uma “gravíssima violação das liberdades constitucionais” de reunião, organização e manifestação. “É simplesmente inaceitável que agentes federais de segurança violem a sede de um sindicato de trabalhadores e interroguem os presentes sobre os preparativos de uma manifestação pacífica e democrática. E que o façam armados em cumprimento de ‘ordens do Exército’”, afirma a nota assinada pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e pelos líderes do partido na Câmara, Paulo Pimenta (RS), e do Senado, Humberto Costa (PE).   Íntegra da nota do PT:   "A invasão da sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) por agentes armados da Polícia Rodoviária Federal, na tarde de terça-feira (23), é uma gravíssima violação das liberdades constitucionais de reunião, organização e manifestação. É simplesmente inaceitável que agentes federais de segurança violem a sede de um sindicato de trabalhadores e interroguem os presentes sobre os preparativos de uma manifestação pacífica e democrática. E que o façam armados em cumprimento de “ordens do Exército”. Este episódio soma-se a uma série de violações de direitos e ameaças por parte do governo Bolsonaro, valendo-se do aparato do Estado para reprimir e intimidar quem denuncia seus abusos e se opõe a suas políticas de destruição dos programas sociais, dos direitos constitucionais e dos valores civilizatórios. Os frequentes ataques de Bolsonaro à liberdade de imprensa, as ameaças de parlamentares governistas aos jornalistas do site The Intercept Brasil, por terem denunciado os crimes da Lava Jato, e a incitação à violência contra a oposição e os movimentos sociais nas redes bolsonaristas atestam a intolerância e o autoritarismo deste governo de extrema-direita. O Partido dos Trabalhadores e suas bancadas na Câmara e no Senado denunciam ao país e ao mundo estes episódios. A imposição de um verdadeiro estado policial é a única resposta de Bolsonaro à justa resistência da sociedade a seus desmandos. Exigimos que a Polícia Rodoviária Federal, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Comando do Exército e o Ministério da Defesa se manifestem sobre o ataque ao Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Amazonas, apresentem e punam os agentes e, principalmente, os responsáveis pela ordem de violação. Em defesa da democracia, das liberdades de reunião, organização e manifestação."   Brasília, 24 de julho de 2019 Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados Humberto Costa, líder do PT no Senado Federal
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