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Congresso em Foco
11/3/2019 | Atualizado às 10:18
>> O acidente em Fukushima e o Brasil
Estes números revelam, por si só, o significado de um acidente nuclear e de suas consequências econômicas, sociais e ambientais. E que diferentemente de um acidente, por exemplo de avião, que atinge diretamente os passageiros, terminando no local e no instante que ocorrem; um acidente em uma usina nuclear começa no instante e no local, mas depois centenas e mesmo milhares de pessoas em territórios inteiros sofrerão as consequências induzidas pela radiação. E anos depois crianças nascerão com aberrações cromossômicas e desenvolverão leucemia, provocadas pela absorção, por seus pais, de doses de radiação acima do tolerável. Uma conclusão dos acontecimentos de Chernobyl, TreeMile Island e Fukushima é que uma usina núcleo-elétrica é intrinsecamente perigosa, e os riscos de acidentes são inevitáveis, que vão de pequenos vazamentos de material radioativo até catástrofes com a emissão de grandes quantidades de materiais que contaminam o ar, a terra e a água. Mesmo com baixa probabilidade de ocorrência de um acidente, quando acontecem os danos provocados são muito altos e assustadores, e assim devem ser evitados para a continuidade da vida, como a conhecemos em nosso planeta. Logo, nesta data, não deixemos passar em branco o ocorrido em Fukushima. É hora de indignação, rebelião, e de ação diante de propostas atuais da administração federal em dar prosseguimento ao programa de desenvolvimento da energia nuclear em nosso país, incluindo a finalização de Angra III, e a construção de novas centrais nucleares no sudeste e nordeste do país. Alvissareiros são os movimentos que se alastram pelo Brasil contrários ao uso da energia nuclear em usinas elétricas. A mineração do urânio é rejeitada em Caetité (BA), e em Santa Quitéria (CE). Em Minas Gerais, em Caldas, é denunciado o abandono da barragem de resíduos radioativos produzidos pela exploração da 1ª usina de mineração de urânio. Em Angra dos Reis (RJ), em Itacuruba e região (PE), em São Paulo, Recife, Fortaleza grupos organizados da sociedade civil, juntamente com setores da Igreja, ambientalistas, cientistas, comunidades originárias se unem. A rejeição da população e sua ação direta impedirá que o país entre nesta aventura insana, cujos verdadeiros interesses não são devidamente anunciados a população. Xô Nuclear!!! * Professor aposentado da UFPE e membro da Articulação Antinuclear Brasileira Do mesmo autor: > Tudo a ver: crimes da mineração e usinas nucleares > A hora e a vez da bomba atômica tupiniquim?Temas
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