Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
Informativo no ar!
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Dossiê: Gravação revela como delegado agiu

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Dossiê: Gravação revela como delegado agiu

Congresso em Foco

12/10/2006 | Atualizado 13/10/2006 às 9:59

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

O delegado Edmilson Bruno, responsável pela prisão dos petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos, com R$ 1,7 milhão, num hotel em São Paulo, pode ter tido uma participação fundamental no vazamento para a imprensa das fotos do dinheiro apreendido com petistas. 

Segundo o Correio Braziliense, um CD obtido pelo jornal "mostra, com detalhes, como o delegado Edmilson Bruno vazou para a imprensa, dois dias antes da eleição no primeiro turno, as fotos do dinheiro apreendido com petistas para a compra de um dossiê contra tucanos".

De acordo com  a reportagem, de Gilberto Nascimento e Leonardo Fuhrmann, o delegado revelou, nessa conversa gravada, o nome de dois empresários - Vicente e André De Noce, pai e filho - suspeitos de serem os donos de pelo menos parte do dinheiro apreendido.

Na gravação, o delegado diz que Vicente e André costumavam socorrer o PT com empréstimos. "É como se fosse um agiota". E acrescenta: "Toda vez que o PT está precisando de dinheiro, ele socorre. Esse dinheiro vem por fora. O PT está com a grana lá fora. A grana está vindo, o De Noce banca, depois ele devolve", afirma.O delegado também diz, em outro trecho, que o PT devolveria o dinheiro "quando faz as tramóias".

Bruno também menciona o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. "Toda a vez que o PT precisa de dinheiro, o Zé Dirceu vai lá e eles dão dinheiro para o PT", acusou. "É um nome [De Noce] que vocês podem jogar para ser investigado".

Questionado se a apuração da PF também apontava para os De Noce, o delegado se esquivou. "Não sei se está. Estou achando que uma parte dos reais foi o André De Noce que deu".

Vicente De Noce negou a acusação. "Não temos nada a ver com isso. A acusação é falsa e mentirosa. A verdade vai aparecer. Não mexemos com esse tipo de coisa, não temos qualquer envolvimento e não conhecemos nenhuma das pessoas envolvidas nesse episódio lamentável", reagiu.

Em outro trecho da gravação, o delegado pede aos profissionais de comunicação para contar que o material havia sido roubado de sua sala. "Vou chegar agora para o superintendente e dizer: 'Doutor, me furtaram'", disse Bruno. "O que vai parecer é que alguém roubou e vazou na imprensa. Porque só eu tenho isso aí (as fotos). Eu e os peritos. Mais ninguém tem, nem o superintendente".

Vedoin afirma que Abel conseguiu liberar R$ 3 milhões

Em depoimento prestado na quarta-feira (11) à Justiça Federal em Cuiabá, o sócio-proprietário da Planam, Luiz Antonio Vedoin, apontado como chefe da máfia dos sanguessugas, declarou que o empresário Abel Pereira, amigo do ex-ministro da Saúde (2002) e atual prefeito de Piracicaba, Barjas Negri (PSDB), conseguiu liberar R$ 3 milhões em verbas do ministério após receber propina, em 2002, na gestão FHC.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o advogado de Abel Pereira, Eduardo Silveira, disse que o empresário nunca atuou no ministério para liberação de verbas. "Para provar a inocência, ele colocou à disposição os sigilos bancário, telefônico e fiscal (na terça-feira) antes de a Justiça Federal determinar a quebra deles", afirmou o advogado.

Durante o depoimento, Vedoin contou que acertou o pagamento de propina de 6,5% a Abel por verba liberada. Disse ainda que Abel indicava empresas em cujas contas deveria ser depositado dinheiro. Luiz Antonio Vedoin entregou quatro comprovantes de depósitos de dezembro de 2002 a janeiro de 2003, que somam R$ 183,5 mil, além de três cópias de cheques.

Pressão

Vedoin também afirmou que os ex-petistas Oswaldo Bargas e Expedito Veloso pediram que ele citasse os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin em entrevista à revista IstoÉ. A Polícia Federal investiga a possibilidade de que a entrevista dada à revista era parte do dossiê contra tucanos, que seria negociado com os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos, no Hotel Íbis, em São Paulo, no dia 14 de setembro.

Abel Pereira nega acusação de Vedoin

Segundo matéria publicada ontem (12) pela Agência Folha, o empresário Abel Pereira disse, por meio de seu advogado, que é improcedente a "afirmação feita por Luiz Antonio Vedoin à Justiça Federal em Cuiabá de que Abel conseguiu, em 2002, liberar R$ 3 milhões em verbas do Ministério da Saúde após receber propina, na gestão do tucano Barjas Negri".

De acordo com a reportagem, de Maurício Simionato, "o advogado de Abel Pereira, Sérgio Pannunzio, seu cliente esteve apenas uma vez no Ministério da Saúde, em 2002, para intermediar a liberação de verbas para a construção de um hospital em Jaciara (MT). O empresário disse que esteve no gabinete de Barjas acompanhado pelo ex-prefeito da cidade, Valdizete Martins Nogueira (PPS)".

Abel admite conhecer a família Vedoin, da qual foi sócio em uma empresa de produção de leite, em Jaciara. O ex-ministro Barjas Negri, atual prefeito de Piracicaba, não foi localizado pela Agência Folha para comentar o assunto. Em entrevistas anteriores, ele disse que não teve qualquer envolvimento com a máfia das ambulâncias e jamais teve contato com os Vedoin.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Justiça

Damares é condenada a indenizar professora por vídeo postado em redes sociais

Senado

Governo deve perder controle de quatro comissões no Senado

LEI DA FICHA LIMPA

Bolsonaristas articulam mudança na Ficha Limpa para tornar Bolsonaro elegível

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

REAÇÃO NA ITÁLIA

Deputado italiano pressiona Itália a extraditar Carla Zambelli

2

Câmara dos Deputados

TSE determina retotalização de votos em processo de sobras eleitorais

3

DEPUTADA BOLSONARISTA

Condenada a 10 anos de prisão, Carla Zambelli deixa o Brasil

4

INQUÉRITO

Lindbergh pede abertura de investigação na PF contra Filipe Barros

5

SERVIDORES PÚBLICOS

Lula sanciona reajuste e reestruturação de carreiras do funcionalismo

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES