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Fachin devolve delação de Funaro a Janot para ajustes

30/8/2017
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Devolução pode encurtar ainda mais tempo hábil de Janot para usar as informações prestadas por Funaro na segunda denúncia contra Temer
[fotografo]Marcelo Camargo/Agência Brasil[/fotografo]

Devolução pode encurtar tempo hábil de Janot para usar delação de Funaro na segunda denúncia contra Temer

  Um dia após chegar ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, a delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, operador do PMDB em esquemas de corrupção, voltou às mãos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Relator da Operação Lava Jato no STF, Fachin devolveu a delação para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) faça ajustes de conteúdo. Ainda não há informações sobre quais seriam tais reparos.
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A delação de Funaro foi encaminhada ao STF por citar pessoas com foro privilegiado, entre elas o presidente Michel Temer. A expectativa é que as informações que Funaro prestou aos procuradores, quando homologadas, ajudem a embasar a segunda denúncia que Janot prepara contra Temer. A preocupação dos governistas é se algo que consta do conjunto probatório revele algum crime que Temer tenha cometido no exercício do mandato – há a suspeita de que o presidente atuou para garantir o silêncio de Funaro.
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Contudo, a devolução de Fachin torna pouco provável que a delação seja homologada nesta semana, como tem sido considerado nos bastidores de Brasília, o que pode atrasar a segunda denúncia de Janot contra Temer e encurtar o tempo hábil do procurador-geral da República para apresentá-la antes do fim do seu mandato. O procurador-geral deixa o cargo em 17 de setembro e, além disso, há ainda um feriado prolongado na próxima semana (7 de Setembro).

Funaro foi transferido do presídio da Papuda para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para começar sua delação no começo do mês de julho. Ele foi transferido de volta à Papuda em 11 de agosto e voltou para a Superintendência dez dias depois, para continuar a rodada de negociações.

Além de Temer, Funaro também detalhou pagamento de propina ao ex-ministro Geddel Vieira Lima e relatou que o aliado de Temer pressionou a esposa de Funaro para evitar que delatasse. A exemplo do doleiro, Geddel também chegou a ser preso e está na mira da PGR, mas recebeu o benefício da prisão domiciliar.

 

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