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Desde domingo (10), cerca de duas mil pessoas, segundo os organizadores, e 1,5 mil, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, acampam em frente ao Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, para acompanhar os passos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara e protestar pela permanência da petista no poder. São trabalhadores do campo, rodoviários, professores, operários, caminhoneiros, estudantes e muitas outras categorias vestindo Vermelho, que se opõem ao que chamam de "golpe". Os atos são organizados pela Frente Brasil Popular, que representa mais de 50 entidades. Além de apoiar o governo, os atos são contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o vice-presidente Michel Temer (PMDB).
A rotina no acampamento da chamada "Jornada pela Democracia" começa logo cedo, por volta das 6h. "Nós viemos do campo, nosso dia começa quando o sol nasce", conta Ezequiel Seixas, integrante do Movimento Sem Terra (MST) e morador de Formosa (GO). Os próprios manifestantes se organizam para preparar o café da manhã e logo começam os atos políticos. Os jovens da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) comandam as músicas, seja no clima tranquilo das rodinhas de violão, ou no batidão dos DJ's dos bailes funk - que acontecem, normalmente, no final da manhã.
[caption id="attachment_237912" align="aligncenter" width="550" caption="Liga do Funk anima a concentração na Jornada Nacional pela Democracia, em Brasília"]