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Congresso em Foco
5/3/2008 | Atualizado às 18:52
Atores principais de uma intensa crise diplomática na América do Sul, Colômbia e Equador chegaram hoje (5) a um acordo na Organização dos Estados Americanos (OEA), organismo internacional que deve mediar o confronto.
Por unanimidade, o conselho da OEA aprovou uma resolução declarando que a Colômbia violou a soberania do Equador, na operação militar que resultou na morte do número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs), Rául Reyes. O guerrilheiro foi morto pelo em território equatoriano pelo Exército colombiano. De acordo com a resolução, "o fato ocorrido constitui uma violação da soberania e da integridade territorial do Equador e dos princípios do direito internacional".
Uma comissão será liderada pelo secretário-geral do organismo, José Miguel Insulza, que visitará a região de fronteira entre os dois países. Ele vai percorrer “os locais que as partes lhes indiquem".
Na ocasião, que deve esfriar os ânimos no continente, a OEA também reafirmou "o princípio de que o território de um Estado é inviolável e não pode ser objeto de ocupação militar nem de outras medidas de força tomadas por outro Estado, direta ou indiretamente, qualquer que seja o motivo, ainda que de maneira temporária".
Lula
Ao saber do acordo entre os países vizinhos, o presidente Lula comemorou e classificou a decisão de "madura”. "Eu, como presidente do Brasil, fico pedindo para Deus que logo se restabeleça a harmonia entre a Colômbia e o Equador, que é tudo o que nós precisamos."
O brasileiro aproveitou para defender a soberania territorial dos países. “Se a gente permite que isso continue acontecendo, sem que haja uma ação conjunta de todos os países, amanhã qualquer fronteira pode ser violada. E as pessoas acham que não precisam dar explicação”, afirmou.
Correa
Mais cedo, após uma visita a Lula no Palácio do Planalto, o presidente do Equador, Rafael Correa, condenou a invasão de seu país por tropas da Colômbia e pediu apoio ao governo brasileiro para a mediação da crise.
Correa também cobrou celeridade da OEA para a instalação de uma comissão de investigação proposta pelo Brasil. "Exigimos que a OEA se posicione de forma rápida, ratifique a inviolabilidade dos territórios nacionais, de acordo com sua carta constitutiva, ratifique a inviolabilidade da soberania dos países, forme essa comissão de verificação para apurar os fatos, ratifique a agressão de que fomos objetivo", declarou. (Rodolfo Torres)
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