Heloísa afirma que não apoiará nenhum candidato
Congresso em Foco
3/10/2006 | Atualizado às 20:14
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Em discurso na tarde de hoje (3) no Senado, a candidata derrotada à Presidência da República pelo Psol, senadora Heloísa Helena (AL), falou sobre a sua campanha, agradeceu as flores, as orações e o voto que os candidatos do seu partido obtiveram em todo o país. A senadora chegou a se emocionar em diversas passagens do seu discurso.
Heloísa Helena afirmou que estava de "cabeça erguida" e que não "traiu as suas origens". No entanto, a candidata do Psol ao Planalto afirmou que estava frustrada por não ter enfrentado o presidente Lula em nenhum debate.
"Tinha muita gente que chegava para mim e dizia: Heloísa você é a minha última esperança".
Apoio do Psol no segundo turno
Heloísa Helena foi enfática ao declarar que o Psol não apoiaria nem o presidente Lula nem o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, no segundo turno das eleições presidenciais.
"Publicamente ninguém (do Psol) pode dar declaração de apoio a Lula ou a Alckmin".
A senadora deu um recado às candidaturas de Lula e Alckmin: "Não precisa nos procurar. O Psol já tem uma posição definida. Não precisa procurar pessoalmente, nem plantar notinha safada na imprensa". "Os meus amigos no PT, que são honestos, não vão me procurar. Eles já sabem o que eu penso", ressaltou a senadora.
"O Psol não está lavando as mãos e nem em cima do muro. Nós estamos no chão, no combate, no campo de batalha. As duas candidaturas representam o mesmo projeto neo liberal. Não vamos rasgar 12 anos de luta política em dois dias", declarou Heloísa Helena.
Heloísa Helena afirmou que os seus eleitores eram "homens e mulheres livres" e que ela enfrentou na campanha eleitoral a "verborragia neo-liberal, a verborragia do discurso único".
Ao final do discurso, Heloísa Helena fez um levantamento da votação que obteve nos estados brasileiros, tornou a agradecer o povo brasileiro e afirmou que sua candidatura teve que detalhar, mais do que qualquer outra, de onde viriam as verbas para a realização de projetos. "Talvez tenha sido a candidatura que foi obrigada a detalhar mais de onde vinha os recursos", disse. (Rodolfo Torres)
