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Congresso em Foco
13/7/2005 18:12
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A parceria é a única forma que o governo Lula dispõe para sair do atoleiro em que se encontra a infra-estrutura do país, especialmente os setores de energia e transportes. Sem isso, haverá riscos de racionamento e colapso de transportes assim que o país começar a apresentar crescimento econômico mais significativo. Os senadores Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Tasso Jereissati comandam no Senado a maior resistência ao projeto das parcerias. Por trás das razões técnicas, há motivos, e não são poucos, políticos para o bombardeio ao projeto. Os dois querem que o governo coloque projetos federais da parceria nos seus respectivos estados. Além disso, defendem a proposta para viabilizar a ferrovia Transnordestina. O problema é que, segundo técnicos e até mesmo assessores de governos estaduais do Nordeste, a Transnordestina corre o risco de ser economicamente inviável. Para os críticos da parceria, isso significa que os lucros dos empreiteiros da obra seriam pagos pelo contribuinte. Adiamento O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), explica que há vários requerimentos de audiência já aprovados, o que impede a votação do projeto das parcerias no próximo esforço concentrado, daqui a três semanas. Há requerimentos aprovados para ouvir em audiência pública o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e o presidente do BNDES, Carlos Lessa. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), um dos responsáveis pela paralisação do projeto de lei da parceria, apresentou requerimento para ouvir o economista Raul Velloso. Tebet é contra a votação do projeto da parceria em regime de urgência. Ele não está sozinho nessa posição. Até mesmo colegas do PT fecham a cara para a parceria. O principal argumento deles é que a proposta seria mais nefasta do que as privatizações realizadas durante os oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso. "Na privatização, vende-se empresas e o governo somente fica com a responsabilidade de regulamentar preços e tarifas. Já na parceria, o Estado dá autorização ao setor privado e garante o lucro por até 45 anos. É um absurdo", critica uma das lideranças governistas no Senado. Falta de tato Boa parte das dificuldades em negociar o projeto das parcerias é de responsabilidade do próprio governo. O projeto que saiu do Ministério do Planejamento tinha, segundo a oposição, erros jurídicos que geraram dúvidas sobre a constitucionalidade de vários artigos. Para piorar as coisas, o principal negociador do governo, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, tornou-se "persona non grata" no Senado. Além de não liberar verbas de interesse dos parlamentares, ele tem o hábito de não retornar ligações dos senadores. Por tudo isso, muitos senadores da base aliada dão um conselho ao governo: não coloquem o Mantega para negociar no Senado. Os senadores alegam que querem discutir com quem acaba decidindo tudo na área econômica, o poderoso Antonio Palocci. |
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