Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Oposição discute pedido de impeachment

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Oposição discute pedido de impeachment

Congresso em Foco

28/6/2015 | Atualizado 29/6/2015 às 16:41

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_200034" align="alignleft" width="285" caption="Aécio diz que delação de empresário tem forte impacto no quadro político e que oposição terá de agir com "serenidade""][fotografo]Waldemir Barreto/Ag. Senado[/fotografo][/caption]Lideranças da oposição na Câmara e no Senado se reúnem, nesta segunda-feira (29), para discutir que estratégia adotar em relação às revelações da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia. A possibilidade de um pedido de impeachment, que havia perdido força nos últimos meses, volta à pauta dos oposicionistas após a divulgação de detalhes dos depoimentos de Pessoa, apontado como chefe do "clube das empreiteiras" que atuavam em cartel na Petrobras, de acordo com as investigações. Já a estratégia de defesa do governo deve ser traçada à noite, em encontro do ex-presidente Lula com as bancadas do PT na Câmara e no Senado. A reunião, que estava prevista para discutir a relação do partido com o Planalto, ganhou ainda mais importância com o agravamento da crise política. Ricardo Pessoa contou aos investigadores que repassou R$ 7,5 milhões do esquema para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Entregou, ainda, uma planilha intitulada "pagamentos ao PT por caixa dois" em que relaciona repasses de R$ 3,6 milhões aos tesoureiros de Dilma nas eleições de 2010 e 2014. Parlamentares do DEM e do PPS, partidos que apoiaram as manifestações de rua contra a presidente, defendem abertamente a apresentação de um pedido de impeachment contra Dilma. "É crime eleitoral, não tem condição nenhuma de a presidente continuar à frente. Na segunda-feira, temos que cobrar no Senado que seja levado para a Câmara a abertura do processo de impeachment. É simplesmente o cumprimento da lei. É crime eleitoral, a resposta é o afastamento", disse o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO). TSE Esta, porém, não é a única saída defendida por oposicionistas. Outro caminho seria aguardar os desdobramentos da ação que investiga a campanha à reeleição de Dilma. O entendimento, entre eles, é de que a situação de Dilma piorou com a delação premiada do ex-presidente da UTC. No próximo dia 14, o Ministério Público Eleitoral vai ouvir o depoimento de Ricardo Pessoa. Uma eventual condenação por crime eleitoral poderia desencadear a perda do mandato da presidente e a convocação de nova eleição presidencial. O processo tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob a relatoria do ministro João Otávio de Noronha. A ação por "abuso do poder econômico e político" e "obtenção de recursos de forma ilícita" foi apresentada pelo PSDB em dezembro. Candidato derrotado por Dilma em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) defende que a oposição trate com "serenidade" o encaminhamento das discussões sobre o futuro político da presidente. "Tudo leva a crer que o Brasil, além da crise econômica que vive, enfrentará também o acirramento da grave crise política e moral que já enfrenta. São informações que merecem toda atenção e devem ser analisadas criteriosamente e com serenidade frente a gravidade que elas podem ter no quadro político nacional", disse o tucano no fim de semana. Afastamento Na oposição há quem defenda, também, que Dilma se afaste do cargo, por iniciativa própria, até que as investigações sobre a legalidade de suas doações eleitorais sejam concluídas. "Se ela não pedir o afastamento e as apurações, estará, com seu silêncio e inércia, dando veracidade ao conteúdo da delação", afirma o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR). Para Bueno, Dilma também deveria afastar preventivamente os ministros citados pelo delator como beneficiários de recursos ilícitos: Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social), ex-tesoureiro da campanha da petista à reeleição. O empreiteiro afirmou aos procuradores que doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma, após conversas com Edinho Araújo, por temer prejuízos em seus negócios na Petrobras se não ajudasse o PT. Segundo ele, a doação foi feita de forma legal. Defesa no Planalto No fim de semana, Edinho Silva e Aloizio Mercadante, além do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, rechaçaram irregularidades nos recursos declarados à Justiça eleitoral por Dilma e petistas e negaram a utilização de caixa dois. Eles ainda criticaram o "vazamento seletivo" de depoimentos e detalhes das delações premiadas e a "ênfase" dada aos repasses ao PT. Mercadante lembrou que Ricardo Pessoa citou políticos de seis partidos, inclusive da oposição, como o PSDB, do senador Aloizio Nunes (SP), vice de Aécio em 2014. O tucano alega que os recursos foram declarados oficialmente em sua prestação de contas, em 2010, e que jamais teve qualquer relação com o empresário e influência na Petrobras. Além da menção ao nome de Aloysio, outro ponto que os petistas pretendem explorar na defesa de Dilma é a doação feita pela UTC Engenharia à campanha do próprio Aécio. Foram R$ 8,7 milhões declarados à Justiça eleitoral - quantia superior aos R$ 7,5 milhões repassados à campanha da presidente. Aécio rebateu as ilações com ironia: "Nada tínhamos a oferecer a essas empresas achacadas a não ser a alforria desse grupo político, que vinculou as obras da Petrobras com o financiamento ao partido e aos seus dirigentes". Propina ou doação? "Quando é para o PT é propina, quando é para o PSDB é doação. Isso tem de ser visto. Qual critério para dizer que para um é propina e para outro é doação?", questiona o deputado Wadih Damous (PT-RJ). Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio de Janeiro, Wadih é um dos nomes do PT na CPI da Petrobras. O presidente da comissão pretende ouvir esta semana o depoimento de Ricardo Pessoa. Em entrevista ao Congresso em Foco, Wadih condenou a utilização da delação premiada como forma de se obter prova e defendeu a anulação da Lava Jato por causa das "arbitrariedades" que, segundo ele, foram cometidas pelo juiz federal Sergio Moro, que conduz o processo. Para o deputado, Dilma terá de lidar até o fim de seu mandato com a ameaça de impeachment. "Com esse clima de ódio e de antipetismo que se procura generalizar, essa questão do impeachment estará sempre latente. Em alguns momentos mais escondido. Vamos ter de conviver até o fim do governo", afirmou. Na avaliação dele, não há elementos para o impeachment. "A Constituição não prevê impeachment por insatisfação com o governo. Quando você está insatisfeito, o que a democracia preconiza é que você espere pacientemente o fim do mandato e vote em outro partido ou candidato nas próximas eleições. Este é o jogo democrático", acrescentou. Mais sobre Operação Lava Jato
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

pictures impeachment Dilma delação premiada José Eduardo Cardozo Ronaldo Caiado oposição Aécio Neves rubens bueno Aloizio Mercadante Edinho Araújo Wadih Damous operação lava-jato petrolão UTC ricardo pessoa

Temas

Reportagem Corrupção Justiça

LEIA MAIS

Política

Há 71 anos, Vargas escapou do impeachment, mas não da crise

DEPUTADA FORAGIDA

Oposição italiana acusa governo de Giorgia Meloni de proteger Zambelli

DEPUTADA FORAGIDA

Itália diz que busca Zambelli e que Bolsonaro não pediu cidadania

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

3

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia

4

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

5

Agenda

Lula participa de Cúpula do G7 no Canadá

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES