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Congresso em Foco
14/2/2008 10:37
O bispo de Barra (BA), Dom Luiz Cappio, foi o primeiro a discursar hoje (14) na reunião conjunta que está sendo realizada, neste momento, no plenário do Senado, para discutir as obras de transposição do Rio São Francisco.
A audiência pública está sendo promovida pelas comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), Infra-Estrutura (CI), Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), e Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), todas do Senado.
O bispo, que ficou nacionalmente conhecido por fazer greve de fome durante quase um mês, em protesto contra o início das obras de trasnposição, afirmou que o governo “mente” ao dizer que o objetivo do projeto tem como prioridade o povo.
“O governo fala que o povo tem sede para impor um projeto cuja prioridade não é o povo. Na verdade as águas transpostas têm como objetivo a irrigação, a criação de camarões em cativeiros, o uso industrial e comercial”, argumentou D. Cappio.
Ele destacou que as obras de transposição abrangerão uma área de apenas 7% no semi-árido nordestino. “Assim, mais de 90% do semi-árido permanecerá marginalizada do acesso a água”, destacou.
Em resposta, o ministro da Integração Nacional, Geddel Viera Lima, questionou a necessidade de se fazer audiências uma vez que as opiniões pró ou contra a transposição já estão sedimentadas.
“Não adianta dialogar se cada um já tem sua própria opinião como um dogma”, criticou o ministro.
O ministro convidou Dom Cappio para visitar as obras já iniciadas da transposição e garantiu que, além da integração do Rio São Francisco com as Bacias Hisdrográficas do Nordeste, o governo está fazendo outras ações para levar água ao semi-árido, como a construção de cisternas e de poços artesianos.
“Esse projeto é sim importante para o Nordeste setentrional. É sim importante para o Brasil e para o combate às desigualdades regionais. Mas isso não significa que não estejamos fazendo ações complementares. Estamos fazendo cisternas, perfurando poços artesianos, e temos a convicção, portanto de que esse é um projeto redentor para o Nordeste. E vamos enfrentar as criticas”, garantiu o ministro. (Soraia Costa)
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