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Igreja contra candidatos suspeitos

Congresso em Foco

13/7/2005 20:31

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Antonio Vital


O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Majella Agnello, 70 anos, como todo bom católico é um homem de muitas certezas. Algumas têm justificativas no Evangelho, como a firme posição contra o casamento de homossexuais e contra pesquisas científicas com células-tronco de embriões - esse último item previsto no projeto de Biossegurança em tramitação no Senado.

Outras têm mais a ver com a cidadania que com religião. A CNBB tem se engajado nos últimos anos em campanhas de conscientização política da população. Empenhou-se, por exemplo, na aprovação da Lei 9.840/99, que pune com a cassação do registro candidatos que comprarem votos.

Quando o Senado, por meio do senador César Borges (PFL-BA), tentou revogar a lei, a CNBB estrilou e o próprio autor foi obrigado a retirar a proposta.

A Lei 9.840/99 permite a cassação de políticos que tenham comprovadamente utilizado meios corruptos para se eleger. Em vigor desde 1999, ela permitiu a cassação de 72 prefeitos eleitos em 2000.

Agora, a Igreja tem uma posição ainda mais radical na defesa de eleições limpas: dom Geraldo quer que candidatos que respondam a processos sejam impedidos de concorrer e assumir cargos públicos antes mesmo de uma condenação definitiva da Justiça.

"Aqueles (candidatos) que estão sendo processados, que se esperasse o pronunciamento do tribunal. E que isso fosse um motivo para impedir sua candidatura", disse. Ou seja, a mera suspeita seria suficiente para tirar o candidato da vida pública.

Em entrevista ao Congresso em Foco, dom Geraldo defendeu a posição da Igreja em relação ao assunto e não se esquivou sequer de comentar a denúncia de exploração sexual de menores que pesa contra o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Benício Tavares (PMDB).

De acordo com o religioso, Tavares, que assumiria o governo do Distrito Federal em caso de desincompatibilização do governador Joaquim Roriz (PMDB) e da vice Maria de Lourdes Abadia (PSDB), não poderia ocupar qualquer cargo público até provar sua inocência.

Além de pregar a favor de eleições limpas, dom Geraldo reafirmou a oposição da Igreja ao projeto que permite pesquisas científicas com células-tronco extraída de embriões e pediu a retirada da medida do projeto de Biossegurança - que também estabelece condições para a produção e plantio de transgênicos.

O cardeal dom Geraldo Majella Agnello, arcebispo de Salvador, foi eleito presidente da CNBB em maio do ano passado. Ele é natural de Juiz de Fora (MG) e foi arcebispo de Londrina (PR) de 1982 a 1991. Em 1999 foi escolhido vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano. É identificado com a ala mais conservadora da Igreja.


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