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Governo não consegue controlar crise

Congresso em Foco

13/7/2005 21:06

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Sônia Mossri


O descontentamento de parlamentares do PMDB com o governo aumentou. A insatisfação é tão grande que até mesmo os mais governistas estão convictos de que, se a convenção nacional do partido fosse realizada hoje, o desembarque do partido do governo seria inevitável.

As votações na Câmara continuam paralisadas porque o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), onde ficam registradas as movimentações financeiras do Tesouro, não tinha ontem qualquer sinal de liberação de recursos. Outro motivo é a insistência do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), em tentar votar a emenda constitucional da reeleição da mesa das duas casas.

Ontem, mais uma vez, nada foi votado e a sessão foi cancelada por falta de quórum. Com isso, uma das medidas provisórias que trancam a pauta perdeu a validade (leia mais).

A paralisia tem ainda outro ingrediente, a disputa entre os ministros da Coordenação Política, Aldo Rebelo, e o chefe da Casa Civil, José Dirceu, pelo comando político. O primeiro é contra a emenda da reeleição e o segundo é a favor. A briga criou um vácuo no Congresso e a nítida sensação de "desgoverno". Falta um interlocutor seguro e confiável, argumentam parlamentares da base governista.

E Lula não conversou com Renan

Essa briga entre os dois ministros ficou evidente na última segunda-feira (15), durante viagem do presidente Lula a Maceió para comemorar os 115 anos da proclamação da República.

Por sugestão do ministro da Coordenação Política, o presidente Lula convidou o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), para acompanhá-lo no jato presidencial.

Renan, ligado a Aldo Rebelo, é o principal adversário da emenda da reeleição no Congresso e quer suceder José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado.

Nas entrelinhas desse convite constava que Lula aproveitaria a oportunidade para dar um sinal claro a Renan de que o Palácio do Planalto não continuaria a interferir na disputa para a presidência do Senado e da Câmara.

Nada disso aconteceu. José Dirceu atuou o tempo todo para impedir a conversa articulada pelo colega Aldo Rebelo.

Durante toda a viagem a Maceió, Dirceu monitorou pessoalmente os passos de Renan para evitar que o senador tivesse um encontro reservado com Lula. Ele chegou até a tocar a campainha da casa de Renan, durante caminhada pela praia, para saber o destino do líder do PMDB.

Siafi não registra liberações

Na prática, essa duplicidade da articulação política do governo rende maus resultados e deixa os parlamentares confusos. Por exemplo, a promessa de Aldo Rebelo de liberação das emendas ainda não se concretizou.

O ministro da Coordenação Política não tem força junto ao colega do Planejamento, Guido Mantega. Para que as emendas sejam liberadas, é preciso o sinal verde do Planejamento para o Ministério da Fazenda. Até agora, isso não aconteceu.

Como já ocorreu no final do ano passado, parece que Mantega somente atende aos pedidos de liberação de verbas caso haja uma ordem explícita da Casa Civil.

Enquanto isso, os líderes da base governista enfrentaram ontem, novamente, mais um festival de reclamações de deputados por causa do bloqueio dos recursos das emendas. Bem-humorado, o líder do PMDB na Câmara, José Borba (PR), ironizava: "O Siafi viajou. Foi para o exterior", respondia aos colegas que se queixavam do governo.


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