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Cinco mil imigrantes ilegais já entraram no Acre

16/4/2013
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[caption id="attachment_108145" align="alignleft" width="286" caption="Fugindo da miséria em seu país natal, haitianos vivem em condições precárias em Brasiléia"][fotografo]Marcello Casal Jr./ABr[/fotografo][/caption] O governador do Acre, Tião Viana (PT), estará nesta quarta-feira (17), às 10h30, na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados para falar sobre os problemas que aquele estado enfrenta em relação à imigração ilegal. “Está acontecendo no Acre um processo de imigração maciça, principalmente de nacionais oriundos do Haiti”, afirma o presidente da comissão, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA).  “A situação do Haiti é muito grave, é o país mais pobre do continente, o Brasil mandou para lá uma força de paz, e acabou virando referência. Segundo o governador [Tião Viana] me falou, 5 mil pessoas já entraram no Acre ilegalmente. A maioria é de haitianos, mas também há pessoas de outras nacionalidades, inclusive da África”, disse Pellegrino ao Congresso em Foco. Na semana passada, o senador Jorge Viana (PT-AC), ex-governador do estado e irmão de Tião, relatou ter encontrado, em visita à cidade de Basileia, 1.300 haitianos em situação ilegal. O número corresponde a 10% da população do município, onde os imigrantes estão acampados em um clube, em condições precárias, recebendo alimentação do governo estadual. A situação levou o governo local a decretar estado de emergência em Basileia e em Epitaciolândia, cidades que fazem fronteira com Peru e Bolívia. “Problema gravíssimo” Além de Tião Viana, participarão do debate na Câmara dos Deputados representantes dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores. De acordo com Nelson Pellegrino, a Comissão de Relações Exteriores quer tomar conhecimento das providências que estão sendo tomadas pelo governo para fazer frente aos problemas emergenciais de hoje e discutir qual a política de imigração seria mais adequada para o país. [caption id="attachment_108148" align="alignright" width="284" caption="Pellegrino defende a adoção de medidas emergenciais nas fronteiras para evitar "problema gravíssimo""][fotografo]Alexandra Martins/Ag. Senado[/fotografo][/caption]“É preocupante porque hoje não há nenhum tipo de controle”, pensa o deputado. “Todos entram clandestinamente, e a informação de que é por ali que se entra no país já se espalha por outras nações, ainda mais quando sabemos que o Brasil vive um quadro praticamente de pleno emprego. Precisamos de uma política que embase isso, envolvendo controle de fronteiras e até revisão de normas de concessões de visto, senão isso pode gerar um problema gravíssimo”. No Ministério das Relações Exteriores, aponta-se como prioridade o combate aos chamados coiotes, profissionais pagos para colocar imigrantes ilegalmente no país. Na última quarta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou o envio ao Acre de uma força-tarefa federal, reunindo funcionários dos dois órgãos e ainda dos ministérios do Trabalho e da Saúde. O governo brasileiro busca uma fórmula de apoiar as imigrações para o país, desde que elas sejam feitas dentro da legalidade. Curta o Congresso em Foco no Facebook Siga o Congresso em Foco no Twitter
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