Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Negociação direta, simples e rápida

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Negociação direta, simples e rápida

Congresso em Foco

21/2/2014 | Atualizado às 18:09

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
Depois do Senado, é a vez de a Câmara dos Deputados debater e votar um projeto que pode aliviar uma das maiores dores de cabeça do brasileiro: a morosidade da Justiça. A regulamentação do instituto da mediação judicial e extrajudicial, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado em decisão terminativa no final do ano passado, pode ser o ovo de Colombo para desafogar o nosso Judiciário e garantir a negociação direta, simples e rápida dos mais diversos conflitos. Vivemos hoje uma cultura do litígio, que precisa, com urgência, ser substituída pela cultura do diálogo, da conciliação. É impossível almejar um Judiciário ágil e eficiente diante do volume estrondoso de processos judiciais: são mais de 92 milhões, praticamente um para cada dois habitantes, de acordo com o relatório Justiça em Números 2013, do Conselho Nacional de Justiça. Entrar com um processo na Justiça é comprar uma briga que não tem prazo para terminar. A burocracia e as brechas jurídicas para a interposição de um sem número de recursos colocam à prova a paciência e a confiança de qualquer um. Um desgaste que pode, em boa parte dos casos, ser evitado com uma negociação intermediada pela figura de um mediador imparcial, que estimula a construção de soluções equilibradas e consensuais. A mediação costuma ter resultados bastante positivos nos casos de pensão alimentícia, guarda de filhos, ações trabalhistas, cobrança de dívidas e muitos outros. Vale para escolas, empresas e inúmeras outras instituições públicas e privadas. O substitutivo aprovado pelo Senado - que englobou sugestões apresentadas em três projetos, um deles de minha autoria - estabelece que qualquer conflito pode ser mediado, exceto os que tratam de filiação, adoção, poder familiar, invalidade de matrimônio, interdição, recuperação judicial ou falência. É importante ressaltar que o mediador - indicado ou escolhido pelas partes - não tem poder decisório. Ele só ajuda as partes envolvidas a se comunicarem de forma mais clara para tentar chegar a um acordo. Informalidade e confidencialidade são princípios básicos da mediação, que, de acordo com a proposta agora em exame na Câmara, poderá ser feita até pela internet.  A proposta não obriga ninguém a optar pela mediação, mas esse caminho alternativo certamente significará economia de tempo, energia e dinheiro para os envolvidos no conflito. Detalhe: a mediação pode ser solicitada mesmo quando um processo arbitral ou judicial já estiver em curso. Não se trata de reinventar a roda. A mediação já faz parte do dia a dia de muitos países, como Estados Unidos, Argentina, Japão, Austrália e França. No Brasil, o CNJ vem apostando, há algum tempo, na implantação de Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania. Experiências de Núcleos de Mediação também têm se multiplicado país afora. Na última Semana Nacional da Conciliação - evento que o CNJ promove anualmente desde 2006 - foram realizadas mais de 376 mil audiências de conciliação, com acordos fechados em 54% delas, totalizando mais de R$ 1 bilhão. Só que esse é um esforço que esbarra na inexistência de uma legislação federal capaz de padronizar o instrumento da mediação no território nacional, de definir as competências e os limites do mediador. A palavra - e o voto - está agora com os deputados federais. Como representantes do povo, nossa expectativa é que eles votem de olho no bem da Justiça e de todos os brasileiros. Mais sobre o Judiciário Outros textos sobre o CNJ Nosso jornalismo precisa da sua assinatura
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Senado Câmara Justiça CCJ conciliação mediação

Temas

Justiça

LEIA MAIS

Crime organizado

Senado formaliza CPI do crime organizado, de Alessandro Vieira

COLÉGIO DE LÍDERES

Congresso aprova criação de liderança da oposição em sessões conjuntas

Congresso

Davi Alcolumbre lê requerimento para instalação da CPMI do INSS

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Veja como cada deputado votou na urgência para derrubar decreto do IOF

3

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

4

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

5

ECONOMIA

Hugo Motta: urgência contra aumento do IOF é "recado da sociedade"

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES