Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
20/8/2014 | Atualizado 21/8/2014 às 10:12
Por maioria, a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acatou denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o deputado federal João Lyra (PSD-AL), candidato à reeleição, por aliciamento e redução de trabalhadores a condição análoga à de escravo. Com isso, o inquérito 3564 vai ser reautuado como ação penal.
Em 2010, fiscais encontraram trabalhadores em condições degradantes na empresa Laginha Agro Industrial S/A, administrada por Lyra. Os trabalhadores relataram que eram do Piauí, Maranhão e Alagoas, onde, segundo eles, foram aliciados para trabalhar no corte de cana em Minas Gerais.
Relator do inquérito, o ministro Ricardo Lewandowski entendeu que não é necessário mais o uso de força física para que seja configurado trabalho escravo, bastando a constatação de que os trabalhadores estejam em condições de trabalho exaustivas, degradantes e indignas.
No caso da empresa Laginha, depoimentos e fotos indicaram falta de água potável, alojamentos sem ventilação, instalações sanitárias precárias e jornada exaustiva de trabalho, entre outros problemas.
De acordo com a denúncia, os trabalhadores foram levados para Minas a mando de João Lyra. Eles teriam sido transportados em ônibus clandestinos e pago o transporte e a alimentação durante a viagem. Ainda conforme os relatos apresentados no inquérito, quando chegaram ao destino, eles tiveram que dormir no chão até conseguir comprar colchões.
O ministro Gilmar Mendes votou contra a abertura de ação penal pelos dois crimes. Lyra chegou a ser acusado de fraude a direitos trabalhistas, mas o suposto crime já prescreveu em 2012. O STF julgou o caso nesta terça.
Veja também:
Metade dos congressistas tem pendências criminais
Assine a Revista Congresso em Foco em versão digital ou impressa
Tags
Temas
LEIA MAIS
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Veja como cada deputado votou na urgência para derrubar decreto do IOF
DERROTA DO GOVERNO
O que o Congresso derrubou: veja ponto a ponto os vetos rejeitados
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
PL das Eólicas: derrubar veto deve garantir empregos e reduzir impacto
CONGRESSO NACIONAL
Nikolas diz que errou ao votar a favor de veto sobre vítimas da zika