Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
2/8/2010 15:46
Roseann Kennedy
Integrantes do Partido dos Trabalhadores estão mais uma vez envolvidos em denúncias sobre produção de dossiês por interesses políticos. A disputa pela presidência do fundo de pensão do Banco do Brasil teria resultado em um documento acusando a filha do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de tráfico de influência.
O que se percebe é que está implantada no País uma cultura de dossiês em período eleitoral. Seja com a elaboração de fato do documento, seja com a denúncia de arapongagem nos subterrâneos políticos.
O assunto agita a campanha presidencial. Está sendo assim agora, foi assim em 2006. Resultado: o assunto fica banalizado. Tanto é que o Ministério Público Federal, por exemplo, faz uma avaliação interna inicial de que é preciso cautela para começar uma investigação sobre o caso e mobilizar seus quadros nessa apuração.
Por enquanto, a orientação na Procuradoria Geral da República é aguardar os desdobramentos deste caso. Mas os procuradores deixam claro que isso não significa ignorar o assunto, não. Eles vão continuar acompanhando até ver se há base para abrir algum procedimento.
É o segundo caso de suposto dossiê que aparece nesta eleição. O primeiro foi aquele envolvendo denúncias de quebra de sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas. Chamando atenção para o risco de um cidadão ter seus dados de imposto de renda acessados a qualquer momento por alguma motivação política.
Agora, uma denúncia de fogo amigo na disputa pelo comando de um fundo de pensão com patrimônio em torno de R$ 150 bilhões. Neste caso, o que aparece é a suspeita de que a filha do ministro da Fazenda, Marina Mantega, teria usado tráfico de influência. Para mim, um ponto verdadeiramente sério a ser verificado.
Não dá para deixar pesar nenhuma suspeição de uso de influência na principal instituição de comando econômico do País - o Ministério da Fazenda. A denúncia precisa ser investigada.
No entanto, até agora, o ministério não dá nenhuma informação oficial sobre o encaminhamento dado ao caso. O Banco do Brasil, por meio da assessoria, diz que não vai se pronunciar sobre o assunto. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Sistema Financeiro diz que não cabe a ela investigação, porque atua para representar o setor em causas trabalhistas e não políticas.
E se o silêncio colar, parece que fica por isso mesmo.
Temas
Bebida Adulteradas
Governo emite alerta sobre metanol presente em bebidas adulteradas
Boletim Focus
AGENDA DO PRESIDENTE
Lula abre conferência nacional de mulheres e prestigia posse de Fachin