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O líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner, já disse ser contra a proposta do
presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco, pelo impacto para a União e pelos Estados
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
A chamada PEC do Quinquênio, que aumenta os salários de juízes e procuradores, deve ter um impacto mínimo de aproximadamente R$ 82 bilhões até 2026, segundo estimativas da Consultoria de Orçamento do Senado. O estudo foi pedido pela liderança do Governo no Congresso.
A Proposta de Emenda à Constituição começa a ser debatida nesta terça-feira (23) no plenário e o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), já declarou ser contra o texto.
A Proposta de Emenda à Constituição dá um adicional de 5% para integrantes do Poder Judiciário a cada cinco anos em carreiras na área. O limite desse bônus é de 35% sobre o salário dos integrantes do Judiciário. Como a regra deve aumentar consideravelmente os salários, juízes e procuradores não serão enquadrados no limite de salário constitucional do funcionalismo.
De acordo com as contas da consultoria, o texto original da PEC apresentada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já teria um impacto significativo nas contas da União e dos Estados. Seriam mais de R$ 10 bilhões por ano até 2026. No entanto, com os cargos adicionados pelo relator, senador Eduardo Gomes (PL-TO) o impacto sobe para mais de R$ 25 bilhões por ano, com aumento dos gastos a cada ano.
De acordo com o texto aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, são contemplados também ministros e conselheiros das Cortes de Contas, advogados públicos, integrantes das carreiras jurídicas, defensores públicos e delegados da Polícia Federal. A conquista do bônus poderá ser feita desde que a pessoa esteja em qualquer cargo do Poder Judiciário há cinco anos, tanto para servidores da ativa quanto para aposentados.
Assim, o impacto mínimo da PEC, como está atualmente, seria o seguinte, segundo a consultoria técnica do Senado:
- 2024 - gasto de R$ 25,8 bilhões, sendo R$ 20 bilhões custeados pelos Estados e R$ 5 bilhões pela União;
- 2025 - gasto de R$ 27,2 bilhões, sendo R$ 21 bilhões custeados pelos Estados e R$ 5,3 bilhões pela União;
- 2026 - gasto de R$ 28,6 bilhões, sendo R$ 22,7 bilhões custeados pelos Estados e R$ 5,6 bilhões pela União.