Edson Sardinha
De volta aos trabalhos após uma cirurgia na boca, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), demonstrou bom-humor ao chegar ao Congresso. Os médicos do Hospital Sírio-Libanês conseguiram preservar a principal marca pessoal do ex-presidente da República durante a retirada de um tumor benigno do lábio superior, o bigode. “Fiz de tudo para salvar o bigode”, brincou o senador em sua primeira aparição pública após a cirurgia, realizada semana passada.
Sarney teve alta na quinta-feira passada, dois dias após ser submetido a um procedimento cirúrgico. E passou a Semana Santa em São Paulo, até a retirada dos pontos. Este é o segundo cisto que surge na boca do presidente do Senado.
O bigode de Sarney já despertou uma curiosa campanha na internet no ano passado, no auge da crise política e administrativa que quase lhe custou o mandato.
“Greve do bigode – Só tiro o meu quando o Senado tirar o dele”, dizia o cabeçalho do blog Tirem o bigode. Logo abaixo, uma fotomontagem em que Sarney se esquivava, com olhar assustado, de uma ameaçadora navalha empunhada por uma mão envolta em luva de couro.A campanha estimulava as pessoas a enviarem imagens com os respectivos bigodões, com a data em que cada internauta havia iniciado a “greve” da navalha. Mas, como agora, Sarney manteve seu bigode intacto, escapando de uma série de processos de cassação.
Pela manhã, o peemedebista recebeu o presidente eleito do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, também conhecido pelo bigode que cultiva. E participou do lançamento da campanha "Licença maternidade de seis meses: agora é a vez da empresa", iniciativa para sensibilizar o empresariado a conceder mais 60 dias de licença às trabalhadoras gestantes.