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Nas revistas: Lobão deixa projeto que beneficia grandes empresas

Congresso em Foco

3/4/2010 7:44

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Revista Veja

No apagar das luzes

Dias antes de deixar o Ministério de Minas e Energia para candidatar-se a uma vaga no Senado nas eleições de outubro, o maranhense Edison Lobão deu aval a um projeto que beneficia grandes empresas com fábricas no Nordeste. Com o apoio do ex-ministro, sete conglomerados industriais comprarão energia a um preço abaixo do praticado pelo mercado durante os próximos cinco anos. A medida favoreceu Vale, Braskem, Dow Química, Gerdau, Caraíba Metais, Novelis e Ferbasa. Os contratos fechados com a Chesf, subsidiária da Eletrobras, venceriam neste ano. Pelo acordo, esses grandes consumidores pagam 90 reais o megawatt/hora, valor hoje 30% inferior ao preço médio de mercado. Estima-se que a decisão de estender essa benevolência representará para a Chesf uma perda entre 350 milhões e 400 milhões de reais por ano. Em sua defesa, as companhias, cujo consumo responde por 15% da capacidade instalada da geradora, alegaram que o reajuste causaria demissões e fechamento de fábricas.

A proposta para a prorrogação dos contratos, que partiu do governo, passou pelo Congresso e, com o aval de Lobão, foi assinada por Lula. Mas a decisão do governo pouco contribui para melhorar a transparência sobre o setor elétrico, que, mesmo depois da privatização na década de 90, ainda se vê às voltas com um intrincado arcabouço regulatório. Diz Walter Fróes, diretor da CMU, empresa que comercializa energia: "É preciso ter isonomia. O governo não pode privilegiar algumas companhias em detrimento das outras".

Entre o céu e o inferno

Entre os fenômenos socioeconômicos produzidos pela estabilização econômica dos últimos quinze anos, o acesso de um número maior de brasileiros às viagens aéreas é o de maior impacto. Viajar frequentemente de avião comercial era coisa de rico nos anos 80. Hoje os aviões se tornaram os ônibus do ar e os aeroportos ficaram barulhentos, lotados e desconfortáveis como as velhas estações rodoviárias. Os números são impressionantes. Em fevereiro deste ano, 10 milhões de passageiros foram transportados em voos domésticos, um aumento de 43% em relação ao mesmo mês no ano passado. A previsão é que, no fim de 2010, o número de passageiros transportados no país supere em 36% o total de 2009.

Os brasileiros só teriam o que comemorar com essa nova realidade, não fosse um grande e incômodo fator: os aeroportos ficaram acanhados demais para tanta gente com bilhete aéreo no bolso. Vislumbra-se um divórcio quando se compara o ímpeto de voar com a capacidade do governo federal de aumentar o potencial dos aeroportos ou construir novos. A quantidade de pessoas que viajam de avião no Brasil praticamente dobrou nos últimos cinco anos. Para atender a essa explosão de demanda por passagens, a partir de 2006 as duas maiores companhias aéreas brasileiras, Tam e Gol, ampliaram sua frota em, respectivamente, 72% e 60%.

O tucano alça voo

Nos últimos meses, boa parte do PSDB esteve à beira de um ataque de nervos. Ela não se conformava com o fato de José Serra, candidato do partido à Presidência da República, evitar fazer declarações públicas sobre sua campanha enquanto ainda ocupava o cargo de governador de São Paulo. Serra, líder nas pesquisas, não queria misturar as bolas. Para ele, governo é uma coisa, campanha é outra. Ele decidiu que só inauguraria o discurso de candidato quando deixasse o Palácio dos Bandeirantes. E foi o que fez. Na quarta-feira passada, despediu-se do governo paulista. Era o fim do prazo legal para que os políticos se desvinculassem de seus cargos executivos para disputar as eleições de outubro. O lançamento oficial da candidatura de Serra será em Brasília, no sábado que vem, mas seu discurso de despedida do governo paulista já deu o tom da campanha tucana. Ele trouxe para o debate um tema que causa arrepios ao PT: a ética na política. "Aqui não se cultivam escândalos, malfeitos, roubalheira. Também nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o malfeito", disse Serra. Qualquer semelhança entre o "silêncio da cumplicidade" e a reação do presidente Lula ao caso do mensalão petista está muito além da coincidência, é claro.

Prateleira eleitoral

A última etapa do processo de metamorfose da ministra Dilma Rousseff foi planejada para terminar de forma apoteótica. Depois de dois anos em campanha, a burocrata, que nunca disputou uma eleição, deixaria o governo como franca favorita à Presidência da República, catapultada pelo compromisso de continuidade da gestão petista e impulsionada pela ampla popularidade de seu mentor - o presidente Lula. Era esse o script. A mais recente pesquisa de intenção de votos, porém, mostrou uma ligeira ampliação da liderança do tucano José Serra, que agora é de 9 pontos. Os números resfriaram o entusiasmo de alguns, que já previam uma vitória inexorável em primeiro turno, mas também serviram de motivação para ações eleitoralmente mais agressivas. A mais visível foi o lançamento da nova edição do Programa de Aceleração do Crescimento. O PAC 2, como definiu o presidente da República, não passa de uma "prateleira de projetos" de realização incerta. Diante de trinta ministros, dezoito governadores e centenas de prefeitos, a petista anunciou investimentos de 1 trilhão de reais em obras - um superplano que, de concreto, tem muito pouca coisa.

Então vocês se encontraram?

Na semana passada, ao falar pela primeira vez em público sobre as suspeitas de desvios na Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, não parecia aquele cidadão de pavio curto que, sem nenhum constrangimento, debita na conta de pais de família as fraudes financeiras praticadas pela entidade durante sua gestão. Didático, negou a existência de irregularidades e se disse vítima de perseguição do promotor que investiga o caso. O depoimento, que durou quatro horas, só não foi completamente inútil porque alguém se lembrou de interpelar o tesoureiro sobre outra acusação tão escabrosa quanto a da Bancoop. Em 2004, enquanto fazia as tramoias na cooperativa, Vaccari também recolhia dinheiro para o caixa do mensalão. Em depoimento ao Ministério Público Federal e à Procuradoria-Geral da República, o corretor Lúcio Funaro contou que o tesoureiro petista cobrava propina para intermediar negócios com fundos de pensão comandados por seus colegas de partido. E poderia certificar que isso é verdade porque ele mesmo, Funaro, ouviu a proposta do próprio Vaccari em uma reunião da qual participou também o deputado Valdemar Costa Neto, o mensaleiro do PR.

Época

Serra e Dilma deflagram a campanha presidencial

Assim como Serra, que deixou o governo para seu vice, Alberto Goldman, a ministra Dilma Rousseff (PT) entregou, no mesmo dia, seu cargo de ministra da Casa Civil do Palácio do Planalto (foi substituída por Erenice Guerra). Ambos aproveitaram seus discursos de despedida para sublinhar seus pontos fortes (leia uma análise do governo Serra e do PAC), num cenário polarizado, repleto de indícios de que a eleição deste ano deverá repetir a emoção de 1989, uma das campanhas mais disputadas da história, quando os brasileiros voltaram a eleger diretamente seu presidente após o regime militar (1964-1985). A se confirmarem as expectativas de analistas, poderemos ter uma disputa tão acirrada como a de George W. Bush e Al Gore, em 2000, decidida pela Suprema Corte em meio a uma recontagem de votos, tão pequena era a diferença entre os candidatos.

O que Dilma tem para mostrar

O salão ficou pequeno para o tamanho das pretensões da festa montada pelo governo em um moderno centro empresarial de Brasília na segunda-feira. Em posição de destaque estavam ministros, governadores, prefeitos e parlamentares da base aliada. No palco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fizeram discursos emocionados para anunciar a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2. Os números astronômicos exibidos no telão revelaram um plano ambicioso para o país, com investimentos superiores a R$ 1,5 trilhão, sendo R$ 958 bilhões nos próximos quatro anos. O pacote prevê grandes obras, como usinas hidrelétricas e plataformas de petróleo. Tem iniciativas populares, como os financiamentos para a casa própria. Visto de longe, o PAC 2 parece um audacioso programa para o país. Analisado com atenção, tem o defeito de nascer atrelado ao calendário eleitoral.

O que Serra tem para mostrar

Depois de 39 meses, José Serra deixa o governo de São Paulo avaliado como ótimo ou bom por 55% dos paulistas, de acordo com o Datafolha. Em sua despedida, no dia 31, ele sugeriu que, se eleito presidente, repetirá suas ações de governo em todo o país. Serra citou a divisa do brasão paulista, Pro Brasilia, fiant eximia (Pelo Brasil, façam-se as grandes coisas) e disse que o destino de São Paulo é realizar as grandes coisas pelo país. Agora, terá seis meses para convencer os brasileiros de que seu destino é esse. ÉPOCA fez um levantamento das principais ações do governo Serra nas quatro áreas mais importantes do governo.

Isto É

"Sou candidato ao governo de São Paulo"

Com a certeza de que o eleitor paulista está cansado de votar nos mesmos nomes há muitas eleições, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, decidiu apostar que 2010 será o ano da renovação política e anunciou sua candidatura pelo PSB ao governo ao paulista. "Minha maior força é ser a novidade", disse Skaf à ISTOÉ, na terça-feira 30, admitindo pela primeira vez sua candidatura. Ele jura que a decisão é para valer e sem volta. Um dia antes, ainda ocupando a sala da presidência no 13º andar do famoso prédio da avenida Paulista, assinou várias cartas pedindo licença de cargos de conselheiro de empresas e outras funções incompatíveis com a condição de candidato - um deles foi a vaga no conselhão da Presidência da República. "Não vou entrar para marcar posição, vou entrar para vencer", diz Skaf, apesar de aparecer na última pesquisa divulgada pelo Datafolha com apenas 2% da preferência do eleitor.

O voo solo de Dilma

Ao se despedir dos colegas de primeiro escalão com um otimista "até breve", durante a posse dos novos ministros na quarta-feira 31, Dilma Rousseff deu início ao mais importante momento de sua trajetória política. Deixou de ser a ministra-chefe da Casa Civil e principal executiva do governo para se tornar a pré-candidata do PT à Presidência da República. Mas são muitos os desafios pela frente até a homologação da candidatura em julho. Para começar, Dilma vai perder a companhia quase diária, em viagens e comícios pelo País, de seu maior cabo eleitoral, o carismático e superpopular presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela Justiça Eleitoral, Lula só poderá estar ao lado da ex-ministra nos fins de semana, fora do horário de expediente e em eventos partidários que não representem campanha antecipada, sob pena de a candidatura ser impugnada mais adiante. A presença de Dilma em inaugurações não é expressamente proibida. Mas, para evitar contestações pela oposição, a ordem no staff da campanha é deixá-la fora delas. "Vamos usar a cautela para não infringir a lei. Não queremos correr riscos", disse à ISTOÉ o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Carona eleitoral

Pequenos no porte, mas grandes nos sonhos, os partidos nanicos não são tão inofensivos como parecem. Muito pelo contrário. Juntos, representam uma ameaça às grandes legendas, ao repartirem em muitas fatias o imenso bolo eleitoral. Podem interferir diretamente no resultado da eleição de outubro e até mesmo levá-la para o segundo turno. Depois dos pleitos de 2002 e 2006, esta será a primeira eleição sem a camisa-de-força da verticalização, que obrigava os partidos a repetir em todos os Estados a chapa presidencial. O resultado é a multiplicação dos pré-candidatos à Presidência: sete nanicos já lançaram nomes (PHS, PCO, PSDC, PSL, PSTU, PTdoB e PRTB). Até poucos dias atrás, eles nem sequer apareciam nas pesquisas de intenção de voto. Mas, na última sondagem do Datafolha, o desconhecido Mario Oliveira (PTdoB) surgiu com 1% das intenções num cenário sem a participação de Ciro Gomes (PSB), enquanto os demais concorrentes oscilam entre zero e meio ponto percentual.

Quanto vale uma vida?

A vida do pesquisador espanhol Francisco Javier Peláez e da farmacêutica paraense Shirley Taniguchi seguia tranquila, sem sobressaltos. Peláez se dedicava a dois doutorados - um em neurociência pela Universidade Autônoma de Madri e outro em engenharia mecânica pela Universidade de São Paulo - e Shirley, a lecionar na Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Moradores de Higienópolis, um dos metros quadrados mais caros da capital, eles tinham acesso ao que desejavam: viagens, restaurantes, cinema, teatro. Frequentemente, participavam de congressos no Exterior. Quando Shirley engravidou, foi uma alegria. O primeiro dos dois filhos planejados pelo casal, enfim, estava a caminho. Os projetos de família começaram a ruir no sexto mês de gestação. Era agosto de 2000. David nasceu prematuro e, depois de dez dias na UTI, sofreu convulsões e teve uma hemorragia cerebral. Os prognósticos eram terríveis. O menino não ouviria nem enxergaria, falaria ou andaria. Com a obstinação típica de pai e mãe, Peláez e Shirley foram à luta. Procuraram as melhores alternativas para estimular o cérebro do garoto, contrataram fisioterapeutas, recorreram ao home care. Em quase dez anos, investiram tudo o que podiam na saúde de David: mais de R$ 600 mil. O casal descobriu, da pior forma possível, o preço da vida no Brasil.

O homem acima do bem e do mal

Nas últimas semanas, o pontificado de Bento XVI tem sido colocado à prova diante de centenas de denúncias de abusos sexuais cometidos por religiosos católicos na Alemanha, sua terra natal. Não bastasse o escândalo, que descortina uma sucessão de histórias sórdidas, o manto papal foi definitivamente maculado quando começaram a pesar sobre o sumo pontífice incômodas acusações de conivência com os supostos crimes. Em 1996, ainda cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e homem forte de João Paulo II, ele teria feito vista grossa para mais de 100 denúncias de pedofilia que incriminavam o padre americano Lawrence Murphy, acusado de molestar crianças com deficiência auditiva. Em 1980, ainda bispo de Munique, o religioso teria optado pelo afastamento, e não pela denúncia formal, do sacerdote alemão Peter Hullermann, um notório pedófilo. Também paira sobre Bento XVI a suspeita de que ele saberia dos abusos no tradicional coral Regensburger Domspatzen, dirigido por seu irmão Georg Ratzinger, de 1964 a 1994. Em meio a essa névoa de desconfiança, o mundo fica cada vez mais reticente diante do chefe supremo da Igreja Católica, alvo de críticas incisivas e inclementes de vários setores da sociedade, que chegam a pedir seu afastamento do cargo. Tudo em vão. Na condição de papa, Bento XVI é inatingível pela justiça dos homens.

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