Sarney rejeita sugestão de afastamento feita pelo PT

[caption id="attachment_36803" align="alignleft" width="300" caption="Sarney vai discutir seu futuro no Senado em reunião prevista para amanhã com o presidente Lula"][/caption]

O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), anunciou há pouco que o partido vai se reunir com o presidente Lula para definir a posição da legenda em relação à crise que assola o Senado. A bancada levou uma sugestão de afastamento por 30 dias para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Mas ele não aceitou a idéia.
 
A posição da bancada do PT foi uma tentativa de buscar uma saída para a pressão que Sarney tem sofrido com o agravamento da crise no Senado, culminada com o caso dos atos administrativos secretos. Partidos como PSDB, DEM, PDT e Psol pediram ontem ao peemedebista que se afaste do comando da Casa até que as investigações sejam concluídas.

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Mesmo tendo reportado a sugestão de afastamento, Mercadante ressalvou que a crise institucional é de responsabilidade de diversos parlamentares. "Não achamos que ele [Sarney] é o único responsável pela crise... Nada acontece sem a primeira secretaria", afirmou o petista, alfinetando o DEM, partido do ex-primeiro-secretário Efraim Morais (DEM-PB) e do atual, Heráclito Fortes (DEM-PI).

O senador paulista lembrou que o Sarney e o PMDB são peças fundamentais na governabilidade e nas eleições do próximo ano - razões que têm levado Lula a capitanear pessoalmente uma operação para preservar o presidente do Senado. O líder petista ressaltou que é fundamental que a Casa passe por uma reforma administrativa. Para tanto, seria constituída uma comissão com auxílio de senadores e funcionários da Casa que realizaria constantes audiências públicas.

"O Brasil quer outro Senado. Este que existe tem de acabar", sintetizou. Outra sugestão apresentada é o aprimoramento do colégio de líderes do Senado, a exemplo do colégio da Câmara. Segundo Mercadante, essa instituição reforçaria a participação de senadores na elaboração da pauta da Casa.

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