CCJ do Senado aprova indicações ao CNJ

Mário Coelho

Os membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovaram, na manhã desta terça-feira (27), os 13 nomes que irão participar da seleção para compor o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A expectativa é que as indicações sejam analisadas no plenário da Casa ainda hoje.

Apesar de a CCJ ter a missão de sabatinar os indicados, o que se viu nas quase quatro horas de sessão foram muitos elogios, poucos questionamentos e reivindicações dos senadores. "Eles não estariam aqui se não tivessem uma carreira limpa", disse o senador Wellington Salgado (PMDB-MG). "Todos eles se manifestaram com objetividade e qualidade", comentou Romeu Tuma (PTB-SP).

O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), foi o que externou a vontade de boa parte dos colegas presentes à sessão. Ele afirmou que o escolhido pela Casa deve ser um interlocutor dos senadores com o CNJ. Isso aconteceu logo depois de os membros da CCJ ouvirem as declarações dos quatro candidatos à única vaga do Senado no Conselho.

Um deles, o advogado Erick Wilson Pereira, havia se colocado publicamente como o elo entre o Senado e o Judiciário. "Nas últimas indicações ao CNJ não existiu diálogo entre o representante da Casa e os senadores", disse Pereira ao Congresso em Foco. A indicação do advogado é cercada de polêmica. Ele é réu em ação do Ministério Público do Rio Grande do Norte desde agosto de 2008 e é filho filho do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Emmanoel Pereira. (leia mais)

Nenhum dos dois assuntos vieram à tona durante a sabatina. Para o advogado potiguar,  "essas questões já estão superadas". "Eu estava preparado para responder à todos os questionamentos dos senadores. Como não houve qualquer tipo de questionamento, vejo que não pairam dúvidas", disse ao site.

O advogado vai disputar, em plenário, a indicação do senado com os professores André Ramos Tavares (colocado pelo PDT), Antônio Ernani Pedroso Calhao (indicado pela minoria na Casa) e Marcelo da Costa Pinto Neves.

Veja os nomes que serão submetidos ao plenário:

Ives Gandra Martins Filho - 22 sim, 1 branco

Milton Augusto de Brito Nobre -21 sim, 2 brancos

Leomar Barros Amorim de Sousa - 21 sim, 2 brancos

Walter Nunes da Silva Júnior - 21 sim, 2 brancos

Nelson Tomaz Braga - 21 sim, 2 brancos

Morgana de Almeida Richa - 22 sim, 1 branco

José Adonis Callou de Araújo Sá - 20 sim, 1 branco, uma abstenção

Felipe Locke Cavalcanti - 20 sim, 2brancos, uma abstenção

Jefferson Luis Kravchychyn - 18 sim, 2 brancos, 2 não, 1 abstenção

Jorge Hélio Chaves de Oliveira - 21 sim, um branco e 1 não

Erick Wilson Pereira - 18 sim, 3 não, 1 branco e uma abstenção

André Ramos Tavares - 20 sim, 3 brancos

Antônio Ernani Pedroso Calhao - 18 sim, 3 não, 2 brancos