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Cássio rompe o silêncio e promete voltar ao poder

Congresso em Foco

5/3/2009 | Atualizado às 18:57

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Em seu primeiro pronunciamento público após a cassação do mandato pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por abuso de poder econômico, o ex-governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, afirmou que voltará a concorrer às eleições. “Outras eleições virão. E de novo a Paraíba nos encontrará nas ruas, defendendo políticas públicas, mostrando o que fizemos e o que pretendemos fazer”, prometeu, em nota. O texto foi lido no Congresso Nacional, na tarde de hoje, (6) pelo senador Cícero Lucena (PSDB-PB) e, na Câmara, pelo deputado Rômulo Gouveia (PSDB-PB).

Ao anunciar que faria leitura de carta enviada pelo ex-governador, o senador Cícero Lucena apresentou Cunha Lima como um “governador legitimamente eleito pelo povo paraibano”. No entendimento do TSE, Cunha Lima teria distribuído cheques para cidadãos de seu estado, por meio de um programa assistencial mantido pela Fundação Ação Comunitária (FAC), instituição ligada ao governo, durante o período eleitoral, em 2006. "Tiraram-me o mandato, mas ninguém me usurpará a honra", bradou o ex-governador, em seu pronunciamento. Ele foi cassado no último dia 17 de fevereiro.

Na nota, ele diz ter sido vítima de “injustiça” e afirma que teve o mandato “arrancado”. Sem citar nomes, ele fecha o discurso usando versos do pai, Ronando Cunha Lima: “é bem melhor conter a revolta, contar os dias e esperar a volta.” (Daniela Lima)

Confira a íntegra da nota de Cássio Cunha Lima

"Meus amigos e minhas amigas de toda a Paraíba:

Recolhi-me ao silêncio e à oração, à reflexão e ao convívio da família. Ninguém me acusará de haver, de alguma forma, perturbado a caminhada da Paraíba, com a proclamação de meu justo protesto e de minha legítima irresignação. Mas nada, nem ninguém calará a certeza da injustiça de que fui vítima. Arrancaram-me o mandato, mas enquanto tiver vida e voz gritarei o que a Paraíba isenta reconhece: não cometi nenhum dos ilícitos de que me acusaram para tirar-me o mandato legítimo conquistado limpamente. Os mais de um milhão de eleitores que me concederam seu voto e sua confiança sabem porque me escolheram. Ninguém terá hoje o direito de acusá-los de vendilhões de votos. Isso tem um nome: injustiça.

Entrego a Deus o meu futuro. Confio à Paraíba o meu destino.

Agradeço, comovido, a corrente de orações e manifestações, o apoio e a solidariedade silenciosa dos paraibanos, muitos dos quais nem nos deram o seu voto, mas discordam do processo utilizado para o nosso afastamento. Testemunhas de nossas ações, eles têm o último e irrecorrível juízo sobre o homem público. Esse julgamento nos reconforta.

A injustiça não nos abaterá. Tiraram-me o mandato, mas ninguém me usurpará a honra. Mais cedo ou mais tarde, a verdade trifunfará.

Aos que conosco têm dividido tribunas e trincheiras e partilhado sonhos, ideais e provações – de forma especial aos senadores, deputados federais, deputados estaduais, prefeitos, vereadores, lideranças, o movimento popular, o movimento social - reiteramos a cada um a certeza de que me terão sempre inteiro a seu lado, na defesa dos objetivos maiores que traçamos, de construir o desenvolvimento da Paraíba e a melhoria da vida dos paraibanos principalmente daqueles que mais precisam.

O que nos uniu até hoje, no governo ou na oposição, foram idéias e bandeiras comuns.

A Paraíba sabe que sempre respeitei a divergência; jamais pressionei dirigentes partidários, muito menos confinei convencionais. Os que estiveram conosco sempre acreditaram na força das idéias e na verdade das palavras. Assim de novo o será.

Outras eleições virão. E de novo a Paraíba nos encontrará nas ruas, defendendo políticas públicas, mostrando o que fizemos e o que pretendemos fazer. Todos os nossos mandatos conquistamos nas ruas, nas praças, de forma limpa e legítima, sempre pelo voto direto. Assim vencemos duas eleições para deputado federal e sete eleições majoritárias – quatro das quais para o Governo do Estado. De novo percorreremos todos os municípios da Paraíba, dos quais em momento algum nos afastamos.

Tenho, como o poeta, apenas duas mãos e o sentimento do mundo. Apenas a palavra e a certeza inabalável de que a verdade sempre prevalecerá.

Não importa que hoje não tenham feito justiça. Um dia a história o fará. Um dia a Paraíba novamente nos julgará. E este julgamento, sim, será definitivo.

Como diz o meu pai, o poeta Ronaldo Cunha Lima, é bem melhor conter a revolta, contar os dias e esperar a volta.

Muito obrigado! "

Cássio Cunha Lima

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