Após reunião na manhã de hoje (12), a Executiva Nacional do Democratas decidiu desligar o deputado Edmar Moreira (MG) do partido. O anúncio foi feito pelo presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), na Câmara dos Deputados. A legenda optou por não expulsar o deputado mineiro, agora sem partido, para não dar mais munição a Edmar, que acusa seus correligionários de perseguição.
Para evitar a expulsão, defendida em princípio por Rodrigo Maia, a executiva da legenda decidiu acatar o pedido de desligamento feito por Edmar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Calvário
O desgaste de Edmar Moreira com o DEM teve início durante a eleição da nova Mesa Diretora da Casa, quando, sem o apoio do partido, o deputado se candidatou e se elegeu segundo vice-presidente e corregedor da Câmara. Já empossado, Edmar defendeu a não investigação de parlamentares no Legislativo.
Após assumir a Corregedoria, no último dia 2, o deputado mineiro passou a responder por uma série de denúncias que envolviam desde fraude previdenciária até a omissão da propriedade de um castelo em sua declaração de bens.
A gota d’água foi a revelação, como mostrou levantamento do
Congresso em Foco, de que o deputado foi o que mais usou a verba indenizatória na atual legislatura para cobrir
despesas com segurança. Dono de empresa de vigilância, Edmar pediu ressarcimento de R$ 140 mil da Câmara para custear despesas na área apenas em 2008.
O parlamentar renunciou ao cargo de segundo vice-presidente e corregedor no último domingo. Edmar ainda é alvo de um requerimento feito pelo Psol ao novo corregedor da Casa, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA). O partido pede a investigação das notas fiscais apresentadas pelo deputado mineiro para saber se o dinheiro foi enviado para alguma de suas empresas de segurança.
(Daniela Lima)