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relações internacionais

Israel declara Lula "persona non grata" após comparação com Holocausto

Embaixador brasileiro foi repreendido pelo ministro das Relações Exteriores de Israel um dia após reação dura de Netanyahu a fala de Lula

Congresso em Foco

19/2/2024 | Atualizado às 12:23

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Lula e Netanyahu em encontro em Israel em 2010. Foto: Governo de Israel

Lula e Netanyahu em encontro em Israel em 2010. Foto: Governo de Israel
O governo de Israel declarou o presidente Lula "persona non grata" no país. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (19) pelo ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, em conversa com embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Duque Estrada Meyer. Esse é o mais novo desdobramento da crise diplomática aberta no fim de semana após Lula comparar os ataques de Israel à Faixa de Gaza ao Holocausto. Meyer foi convocado a comparecer ao Museu do Holocausto em Jerusalém. "Não perdoaremos e não esqueceremos - em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao presidente Lula que ele é 'persona non grata' em Israel até que ele peça desculpas e se retrate de suas palavras", escreveu o israelense no X (antigo Twitter). "Esta manhã convoquei o embaixador brasileiro em Israel para o Museu do Holocausto, o lugar que testemunha mais do que qualquer outra coisa o que os nazistas e Hitler fizeram aos judeus, incluindo membros da minha família" , acrescentou. A declaração de "persona non grata" é um instrumento jurídico amplamente reconhecido e utilizado nas relações internacionais. É uma prerrogativa que os Estados possuem para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo como tal em seu território. Em entrevista coletiva no domingo, em Adis Abeba, capital da Etiópia, Lula comparou os ataques aos palestinos ao genocídio do povo judeu liderado por Adolf Hitler. "O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus", afirmou o brasileiro. Lula, no entanto, não vai pedir desculpas, avisou o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim. "Sempre tratamos de maneira muito respeitosa e defendemos a solução de dois Estados, mas não tem nada do que se desculpar. Israel é que se coloca numa condição de crescente isolamento", afirmou Amorim, hoje assessor especial de Lula para assuntos internacionais, em entrevista à CNN Brasil. Segundo ele, a fala do petista não isola o Brasil. O ministro classificou a decisão de Israel de declarar Lula "persona non grata" como "coisa absurda". "Só aumenta o isolamento de Israel. Lula é procurado no mundo inteiro e no momento quem é [persona] non grata é Israel", disse Celso Amorim ao blog da jornalista Andreia Sadi, do G1. Linha vermelha No domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu duramente à fala de Lula. De acordo com ele, o brasileiro "cruzou a linha vermelha". Estima-se que 6 milhões de judeus tenham sido assassinados no Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. A atuação de Netanyahu na guerra contra o Hamas tem sido criticada internacionalmente. Vários líderes já acusaram o líder israelense de reagir de maneira desproporcional e promover um massacre contra civis inocentes. "As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender", publicou Netanyahu no X. "Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha. Israel luta pela sua defesa e pela garantia do seu futuro até à vitória completa e faz isso ao mesmo tempo que defende o direito internacional", acrescentou. Logo em seguida, o governo de Israel anunciou que repreenderia o embaixador brasileiro em Tel Aviv pelas declarações do presidente. A declaração de Lula foi feita enquanto ele criticava a decisão de alguns países de suspender repasses financeiros à agência da ONU que dá assistência aos palestinos, a UNRWA. A suspensão foi determinada por alguns países após Israel acusar funcionários da agência de ligações com o Hamas. O próprio Benjamin Netanyahu, no entanto, já se envolveu em uma polêmica sobre o Holocausto. Em 2015, ele declarou que Hitler não pretendia, inicialmente, matar os judeus. "Hitler não queria exterminar os judeus naquela época. Ele queria expulsá-los. Haj Amin al-Hussein [ líder nacionalista árabe-palestino] foi até Hitler e disse: 'se você expusá-los, eles virão para cá'", disse Netanyahu. "É absurdo ignorar o papel desempenhado pelo Mufti Haj Amin al-Hussein, que era um criminoso de guerra e encorajou Hitler a exterminar o judaísmo europeu", completou. Autoridades palestinas reagiram às falas do primeiro-ministro de Israel na ocasião, alegando que ele estava absolvendo Hitler pelo extermínio dos judeus e passando a culpa aos muçulmanos. Ação e reação

Na coletiva, Lula defendeu que eventuais responsáveis por irregularidades na agência sejam afastados, mas que não haja punição à população de Gaza "Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar a contribuição para a questão humanitária aos palestinos, eu fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente?", disse o presidente. "E qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio?", ressaltou o brasileiro.

No sábado (17), Lula discursou na sessão de abertura da cúpula da União Africana e se reuniu com líderes do continente e com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh. O brasileiro criticou tanto o grupo Hamas quanto o governo israelense ao pedir um imediato cessar-fogo no conflito. Ele também defendeu o reconhecimento do Estado Palestino como saída para o confronto histórico. "Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses e demandar a libertação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza, em sua ampla maioria, mulheres e crianças, e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população", defendeu. Desde o início da guerra, em outubro, mais de 28,8 mil palestinos, inclusive civis, mulheres e crianças, morreram em decorrência dos ataques de Israel à Faixa de Gaza. Os ataques começaram após o grupo Hamas matar mais de 1.200 pessoas e sequestrar mais de 230 pessoas. Entidades como a Confederação Israelita do Brasil (Conib) e o Instituto Brasil-Israel criticaram a fala do presidente brasileiro. Parlamentares de oposição afirmaram que pretendem pedir abertura de processo de impeachment contra Lula na Câmara. "Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha. Israel luta pela sua defesa e pela garantia do seu futuro até à vitória completa e faz isso ao mesmo tempo que defende o direito internacional", acrescentou o premiê.

A comparação da tragédia em Gaza com o Holocausto nazista, feita por Lula neste domingo (18), é um erro grosseiro que inflama tensões, e mina a credibilidade do governo brasileiro como um interlocutor pela paz. (1/7)

- Instituto Brasil-Israel (@ibi_br) February 18, 2024
Após a repercussão do episódio, o Palácio do Planalto divulgou nota na noite de domingo: "O presidente Lula condenou desde o dia 7 de outubro os atos terroristas do Hamas. O fez diversas vezes. E se opõe a uma reação desproporcional e ao sofrimento de mulheres e crianças na Faixa de Gaza".  
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