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Congresso em Foco
22/2/2010 10:25
Edson Sardinha
O presidente Lula anunciou hoje (22) que o governo brasileiro vai ajudar a construir uma hidrelétrica no Haiti, país devastado no início de janeiro por um terremoto que matou cerca de 200 mil pessoas. Em seu programa semanal de rádio, Lula disse que o projeto foi concluído pelo Exército e será apresentado por ele esta semana ao presidente haitiano, René Preval, durante visita à capital Porto Príncipe.
"É um grande projeto, e eu acho que é uma grande contribuição que o Brasil vai dar ao Haiti. E eu vou lá para discutir com o presidente Preval quais são as prioridades e discutir com as Forças Armadas Brasileiras, que são coordenadoras da Força de Paz, naquilo que a gente pode definir como prioridade, porque o Haiti está precisando do mundo e o mundo, agora, vai ter que fazer pelo Haiti aquilo que não fez nas décadas passadas", disse Lula no Café com o Presidente.
Segundo ele, o governo brasileiro investiu R$ 375 milhões no Haiti, a título de doação, e vai destinar US$ 15 milhões para o plano de recuperação do país.
Além do Haiti, o presidente também visita esta semana El Salvador, Cuba e México, onde participa da Cúpula da América Latina e do Caribe. "Eu acredito que esse processo de integração que nós estamos fazendo na América do Sul, na América Latina e, agora, incluindo o Caribe, é a mais importante possibilidade que nós temos de fortalecer, do ponto de vista político, do ponto de vista econômico e do ponto de vista do desenvolvimento, o nosso continente", declarou.
No giro pela América Central, Lula vai discutir investimentos em Cuba. O presidente afirmou que a Petrobras está preparando um teste de prospecção para tentar achar óleo no país. O governo brasileiro também pretende ajudar na recuperação do posto de Mariel e da rede hoteleira cubana. "Nós pretendemos consolidar esses acordos com Cuba, porque queremos ajudar Cuba a se desenvolver", destacou.
Veja a íntegra do Café com o Presidente ou ouça aqui o programa:
"Apresentador: Presidente, estamos gravando o programa na base aérea de Brasília. O senhor inicia um roteiro de viagens percorrendo quatro países: México, Cuba, Haiti e El Salvador. Hoje, participa do Grupo do Rio e da Segunda Cúpula da América Latina em Cancún, no México. Além do encontro com líderes desses países, que outros pontos o senhor destacaria, presidente?
Presidente: Olha, eu acredito que esse processo de integração que nós estamos fazendo na América do Sul, na América Latina e, agora, incluindo o Caribe, é a mais importante possibilidade que nós temos de fortalecer, do ponto de vista político, do ponto de vista econômico e do ponto de vista do desenvolvimento, o nosso continente. Nós fizemos a primeira reunião entre todos os países da América Latina e do Caribe na Bahia, em dezembro de 2008. Ou seja, foi a primeira vez que se conseguiu reunir todos os países do Caribe e da América Latina sem a participação dos americanos ou do Canadá. Portanto, é um fórum novo que nós criamos, aonde a gente pode discutir os nossos problemas com mais desenvoltura e, ao mesmo tempo, a gente descobrir as nossas potencialidades de troca de investimentos, de trocas comerciais e de entrosamento na área política e cultural. E também vamos participar do Grupo do Rio para discutir assuntos que eu considero extremamente importantes: a discussão da integração regional, a política de solidariedade ao Haiti, que nós precisamos dedicar muito tempo, a política de desenvolvimento da América Latina, as mudanças climáticas que nós vamos ter que ainda este ano no México tomar uma decisão para saber se nos colocamos de acordo em relação a isso. Portanto, é uma viagem muito importante ao México e depois nós vamos ter uma bilateral com o México onde vamos ter reuniões empresariais entre empresários brasileiros e empresários mexicanos. Há grandes investimentos brasileiros no México, nesse momento, há construção de um grande projeto petroquímico entre a Braskem e a empresa mexicana, e, portanto, eu acho que vai ser produtivo para o México e para o Brasil, essa reunião bilateral.
Apresentador: Além desse encontro com o presidente do México, em seguida o senhor vai a Cuba. Qual o acordo previsto nesse roteiro, presidente?
Presidente: Olha, nós temos um acordo importante de investimento para recuperação do porto de Mariel. É um investimento prioritário em Cuba e, além do que, nós temos interesse em fazer novos investimentos em Cuba e contribuir para recuperar a rede hoteleira de Cuba, as rodovias de Cuba. Ou seja, nós estamos discutindo, o ministro da Indústria e Comércio já está em Havana e nós pretendemos consolidar esses acordos com Cuba, porque nós queremos ser solidário a Cuba e ajudar Cuba a se desenvolver. A Petrobras vai fazer uma fábrica de óleo combustível em Havana e também a Petrobras está preparando os estudos para fazer o teste de prospecção para ver se achamos petróleo em Cuba. E tudo isso nós pretendemos que aconteça este ano.
Apresentador: Você está ouvindo o Café com o Presidente, o programa de rádio do Presidente Lula. Presidente, a próxima parada será Porto Príncipe, no Haiti, onde terá um encontro com o presidente René Preval. O que o senhor deve levar de novidades para a reconstrução daquele país?
Presidente: Olha, primeiro, Luciano, a nossa viagem ao Haiti é uma viagem de solidariedade, é uma viagem para que a gente possa dizer ao povo do Haiti e ao governo do Haiti que o Brasil vai continuar sendo solidário, além do que já tem feito, porque o Brasil já fez em nível de doação, praticamente um investimento de R$ 375 milhões de reais, além da doação que nós tomamos uma decisão de colocar através do Itamaraty US$ 15 milhões de dólares, que é dentro do plano de recuperação do Haiti. Então, nós estamos dispostos a fazer tudo o que for necessário, para que a gente possa reconstruir o Haiti junto com outros países da Europa, subordinados a uma coordenação das Nações Unidas. Luciano, uma coisa extremamente importante que o Brasil vai fazer no Haiti, além de toda a política de solidariedade, além da coordenação da Força de Paz, é a gente construir uma hidrelétrica no Haiti. O projeto já está feito pelo Exército brasileiro e nós pretendemos financiar empresas brasileiras e fazer a construção da hidrelétrica, porque aí sim, você vai poder utilizar o lago da hidrelétrica para fazer irrigação, para ajudar a agricultura do Haiti e, ao mesmo tempo, você vai dar energia e vai poder garantir que a indústria possa se instalar no Haiti. Então, é um grande projeto, e eu acho que é uma grande contribuição que o Brasil vai dar ao Haiti. E eu vou lá para discutir com o presidente Preval quais são as prioridades e discutir com as Forças Armadas Brasileiras, que são coordenadoras da Força de Paz, naquilo que a gente pode definir como prioridade, porque o Haiti está precisando do mundo e o mundo, agora, vai ter que fazer pelo Haiti aquilo que não fez nas décadas passadas.
Apresentador: Bem, presidente, o senhor conclui o roteiro em El Salvador. O que será tratado lá?
Presidente: Olha, El Salvador nós temos um novo governo e esse novo governo tem demonstrado muito interesse em aprimorar as relações com o Brasil. Nós pretendemos também, junto com a delegação de empresários, fazer um levantamento das oportunidades de investimento que nós temos para fazer em El Salvador. Portanto, nós vamos lá para estreitar ainda mais os laços de amizade entre El Salvador e o Brasil.
Apresentador: Muito obrigado, presidente Lula, e até a próxima semana."
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