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Congresso em Foco
1/4/2009 16:09
Renata Camargo
Em entrevista coletiva convocada pelo Psol, o delegado Protógenes Queiroz disse na tarde quarta-feira (1º) que a Operação Castelo de Areia tem alguma coisa "obscura". A operação, deflagrada pela Polícia Federal, investiga a construtora Camargo Corrêa suspeita de envolvimento em remessas ilegais de dinheiro ao exterior e doações ilegais para campanhas de parlamentares.
"Não posso entrar no mérito porque não tenho detalhes, mas tem alguma coisa obscura pela postura com que as notícias estão sendo veiculadas. Acho que se esconde algo maior dentro dessa nova investigação", considerou Protógenes, que responde por falhas nas investigações da Operação Satiagraha, pela qual era responsável.
O delegado disse ainda que está havendo uma "inversão de papéis" nas investigações sobre a Satiagraha da Polícia Federal. Segundo o delegado, os investigadores responsáveis por desvendar o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, que levou à prisão do banqueiro Daniel Dantas, passaram a ser os investigados.
"Eu vou reeditar tudo aquilo que eu falei, da nossa indignação quanto aos fatos que estão sendo veiculados, da nossa indignação quanto a inversão dos papéis, em que se está esclarecendo que os investigadores passaram a ser os investigados", disse. "Há uma correlação de forças políticas jamais vista no país, em que tentam desqualificar o trabalho que vem sendo realizado pelos policiais da Operação Satiagraha. Notadamente, o alvo maior desses insultos e agressões desmedidas é contra o delegado Protógenes, que aqui vos fala".
Escutas
Protógenes voltou a negar que tenha realizado escutas telefônicas sem autorização judicial. Ele afirma que nunca foi indiciado por utilizar interceptações telefônicas clandestinas na Operação Satiagraha. Segundo o delegado, o único indiciamento foi por compartilhar dados com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no qual ele foi absolvido por, unanimidade, pelo Tribunal Regional Federal em São Paulo, que entendeu que o procedimento foi legal.
"Sofri investigação, sofri busca, ainda sou objeto de investigação dentro da Polícia Federal, ao qual eu fui indiciado por fatos que não são relacionados com interceptação clandestina. Não se encontrou nenhum fragmento, nenhum indício, de ilegalidade, durante a Operação Satiagraha", defendeu Protógenes.
Acareação
Em breve conversa com Protógenes hoje no salão verde da Câmara, o presidente da CPI dos Grampos, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), disse que pode propor uma acareação entre Protógenes e Paulo Lacerda, caso constate divergências entre os depoimento. "Quero fazer a oitiva dos dois juntos. Ao que parece ele [Paulo Lacerda] faz um elogio ao trabalho de Protógenes, mas diz que se ele não for monitorado, ele pode indiciar até mesmo o presidente dos Estados Unidos. Eu acho isso um absurdo", considerou Itagiba.
Protógenes foi convocado à depor pela segunda vez na CPI dos Grampos. A oitiva estava marcada para hoje, mas foi adiada para a próxima quarta-feira (8). Segundo Itagiba, a data do depoimento foi transferida porque o ex-diretor-geral da Abin Paulo Lacerda não poderia depor na data proposta e o presidente da CPI quer que os dois depoentes falam à comissão em datas próximas.
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