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Congresso em Foco
24/9/2008 | Atualizado às 16:57
Em depoimento à CPI dos Grampos da Câmara, o sargento Idalberto Araújo, que atua no Centro de Inteligência da Aeronáutica, trouxe mais um personagem à Operação Satiagraha. Trata-se do também sargento da Aeronáutica, identificado apenas como Rodopiano. Idalberto explicou que Rodopiano, que é sargento reformado da Aeronáutica no Rio de Janeiro, está aposentado há cerca de três anos e sempre trabalhou na área de inteligência.
Aos parlamentares, Idalberto também afirmou que apresentou Rodopiano e o ex-agente do Serviço Nacional de Informação (SNI) Francisco Ambrósio do Nascimento ao delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz. Rodopiano e Ambrósio atuaram na Satiagraha, coordenada por Protógenes, e que culminou na prisão do banqueiro Daniel Dantas.
Idalberto afirmou que, juntamente com o major Paulo Ribeiro Branco Junior, apresentou pessoalmente Protógenes ao ex-agente do SNI. Em relação a Rodopiano, o militar disse que apenas forneceu o número do telefone ao delegado.
O sargento Idalberto destacou que conheceu o delegado da PF em um churrasco de confraternização há cerca de dois anos. “Ele [Protógenes] perguntou se nós conhecíamos um analista de inteligência aposentado e de confiança”, explicou.
O militar admitiu que não recebeu ordem de superiores para que o ex-agente do SNI fosse apresentado ao delegado. “Conhecendo seu [de Ambrósio] potencial de análise, eu o indiquei. Acho perfeitamente normal essa colaboração”, complementou, explicando que Ambrósio trabalhou por cinco anos na Secretaria de Inteligência da Força Aérea.
O primeiro encontro entre Protógenes e Ambrósio ocorreu, segundo Idalberto, em um café próximo ao prédio da Polícia Federal em Brasília. Idalberto Araújo afirmou que nunca fez grampos telefônicos e aceitou abrir seu sigilo telefônico ao colegiado.
“Ação entre amigos”
O presidente da CPI, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), ressaltou que está claro que a Aeronáutica não participou oficialmente da Operação Satiagraha.
Classificando a participação de Rodopiano e Ambrósio na operação policial como “ação entre amigos”e “trabalho paralelo”, Itagiba explicou que a Polícia Federal terá que explicar se houve falta de material para o delegado Protógenes trabalhar na Satiagraha, e como esses dois personagens externos à PF eram pagos.
“Estou convencido de que pessoas foram contratadas irregularmente para trabalhar em uma operação policial regular que tinha o objetivo de prender criminosos”, disse Itagiba. (Rodolfo Torres)
Atualizada às 16h53
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