Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
12/9/2008 | Atualizado às 12:29
A nova Lei dos Consórcios, aprovada no Senado na quarta-feira (10) e enviada para sanção presidencial, fortalecerá os diversos setores do sistema, possibilitando uma evolução nos consórcios. Essa é a opinião do presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), Rodolfo Montosa.
O texto aprovado pelo Senado prevê que o consorciado use o saldo do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) nos consórcios. Ele pode liquidar o saldo devedor ou fazer um lance na compra de imóveis com o dinheiro do benefício. O projeto também determina que quem atuar como administrador de consórcio sem autorização do Banco Central poderá ser punido com prisão de quatro a oito anos e com pagamento de multa equivalente a 100% das parcelas já recebidas e a receber no referido consórcio.
Segundo o presidente da Abac, a nova legislação permite o uso da carta de crédito individual – uma linha de financiamento que utiliza recursos do FGTS –, para a quitação do financiamento, uma situação que não era prevista pela legislação anterior. A medida beneficia os mutuários que quiserem transferir o financiamento de seu imóvel para o consórcio e consumidores que financiaram a compra de carros a um preço muito alto.
A lei também prevê que a pessoa que sair do consórcio, após ter pago cinco ou mais parcelas, receba de volta o dinheiro que investiu. Ele participará de sorteio junto com os membros arivos do grupo. Caso seja sorteado, terá o reembolso. Já quem pagou menos de quatro parcelas terá que esperar até o consórcio ser encerrado. "Esta inovação é uma forma criativa e justa para a solução do conflito de interesses entre os consorciados adimplentes e os excluídos, sem afetar a saúde financeira do grupo consorcial", disse o presidente da Abac ao Congresso em Foco.
Motosa está otimista quanto à sanção presidencial. "Nossa expectativa é otimista com relação à sanção integral da lei pela Presidência da República, nos próximos dias, o que permitirá sua prática imediata, gerando mais segurança e tranqüilidade aos envolvidos”, ressaltou.
O sistema de consórcios movimentou R$ 19,2 bilhões em negócios no ano passado e contava, até julho, com 3,5 milhões de participantes ativos. Segundo a Abac, só nos sete primeiros meses do ano foram comercializados aproximadamente 1 milhão de novas cotas.
Na quarta-feira, o Senado rejeitou as emendas feitas pela Câmara dos Deputados. Segundo o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), relator ad hoc do projeto, as modificações, que procuravam reduzir os custos burocráticos na transferência de bens adquiridos via consórcio, eram desnecessárias. De acordo com o parlamentar, o Código Civil já dispõe de forma semelhante em relação às correções propostas. (Mário Coelho)
Temas
DEFESA DO CONSUMIDOR
Lula sanciona lei que cria novos direitos para clientes de bancos
RESOLUÇÃO DERRUBADA
Veja como cada deputado votou no projeto sobre aborto em crianças
PROTEÇÃO À INFÂNCIA
Governo critica projeto que suspende norma sobre aborto legal infantil