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Congresso em Foco
2/9/2008 | Atualizado às 17:55
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança da Presidência da República, Jorge Félix, admitiu hoje (2) à CPI dos Grampos da Câmara que há precedentes de casos de vazamento de informações por parte de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo Félix, agentes envolvidos em escutas telefônicas ilegais durante o governo Fernando Henrique Cardoso, já condenados em primeira instância, permanecem no quadro da instituição.
“Há precedentes e uma dificuldade muito grande de comprovar que isso aconteceu. Os meios que dispomos não são suficientes para comprovar”, respondeu o chefe de segurança, que classificou como “um dilema” o fato de a agência não ser devidamente equipada para coibir práticas ilegais dentro da própria instituição.
“Nós temos alguns instrumentos de controle. Nós temos a obrigação de ter. Mas nós temos também a obrigação de trabalhar estritamente dentro do que a lei nos permite. As pessoas, fora da Abin, tem direito de falar com quem for, só não tem direito de vazar informações”, defendeu.
Segundo Félix, incluindo o caso específico de práticas de escutas ilegais no governo FHC, há cerca de cinco sindicâncias sendo realizadas na Abin. “Essas sindicâncias estão buscando caracterizar esses vazamentos, mas nunca conseguimos uma comprovação”, declarou.
O ministro também confirmou aos parlamentares que foi o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz que solicitou ajuda da Abin para as investigações da Operação Satiagraha, responsável pela prisão do banqueiro Daniel Dantas.
Segundo Félix, o pedido de apoio começou em “nível regional” e foi avançando até alcançar o diretor-geral adjunto afastado da agência, José Milton Campana, que deve depor à CPI na próxima semana. “O delegado tem total autonomia para a condução do inquérito”, garantiu Felix.
Na manhã de hoje, o presidente da CPI dos Grampos, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), declarou existir uma crise institucional envolvendo a Abin e a Polícia Federal. Para Itagiba, a crise é causada pela disputa em relação à atuação dos órgãos na Operação Satiagraha. “O que há é uma disputa clara entre o [ex] diretor-geral da Abin [Paulo Lacerda] e o diretor-geral da Polícia Federal [Luiz Fernando Corrêa] no que diz respeito à Operação”, disse Itagiba ao Congresso em Foco. (Renata Camargo)
Atualizada às 17h52
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