O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou na noite de hoje (23) um aumento médio de 47,19% na remuneração de 342 mil militares ativos, além dos inativos. Mas os servidores só perceberão a diferença nos contracheques depois que o presidente Lula publicar uma Medida Provisória ou o Congresso aprovar um projeto de lei enviado pelo Planalto.
Segundo a assessoria do Ministério da Defesa, o menor reajuste será de 35,31%, para os generais do Exército. O maior, destinado aos soldados e recrutas das três forças, será de 137,8%. Os valores serão pagos retroativamente a janeiro, mas o aumento será parcelado até julho de 2010. O salário dos 154 mil soldados e recrutas passará dos R$ 235,20 para R$ 559,38 em 2010.
Em entrevista coletiva, Jobim disse que o aumento é condizente com as restrições orçamentárias do governo. “Chegamos a um número que eu entendi correto. Temos de trabalhar com restrições orçamentárias”, afirmou o ministro.
Jobim informou que o reajuste se refere a perdas da inflação nos anos de 2006 e 2007. O último aumento nos soldos dos militares foi de 33%, escalonado em três parcelas, pagas entre 2004 e 2006.
Com o novo reajuste, a folha de pagamento do governo terá um impacto de R$ 39,9 bilhões em 2011, ano em que serão sentidos os efeitos da parcela do reajuste de julho de 2010.
A assessoria do ministério não soube informar qual a quantidade de militares inativos. (Eduardo Militão).