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Congresso em Foco
26/3/2008 | Atualizado 31/3/2008 às 16:49
Eduardo Militão
Apesar da falta de entusiasmo da juventude pela política, há casos de quem demonstra no discurso grande preocupação em melhorar as condições de vida da população de suas cidades. Há também os que não estão preocupados em assumir os cargos, desde que outros colegas de militância, no lugar deles, promovam as mudanças que julgam necessárias.
Em Colméia (TO), município de apenas 9 mil habitantes localizado no noroeste do estado, o auxiliar de escritório Jônatas Oliveira Castro, de 17 anos, acredita que bastam 210 votos para assumir uma cadeira na Câmara dos Vereadores. Ele é presidente do DEM Jovem da cidade e diz que se interessa pela política desde os 15 anos. “É uma forma de exercer a cidadania e percebi em mim uma facilidade de comunicação”, explica o pré-candidato Jônatas, que cursa o 3º ano do ensino médio.
Jônatas, pré-candidato aos 17: sistema instiga a corrupção
O auxiliar de escritório avalia que a corrupção é o motivo de nem todos os seus colegas terem o mesmo interesse que ele pela política. “O sistema atual instiga as pessoas a entrarem na política com a preocupação de roubar, de fazer o que não deve”, diz Jônatas.
Mas o adolescente está às voltas com o calendário porque, por lei, tem de ter 18 anos até a data da posse como vereador – o que acontece, geralmente, em 1º de janeiro. Jônatas só faz 18 em 3 de janeiro, apenas dois dias depois.
Caso consiga se candidatar e ser eleito, ele promete levar indústrias para Colméia, melhorar a “péssima” educação do município e permitir que os moradores sejam atendidos pela rede pública de saúde na cidade, sem precisar recorrer às clínicas particulares.
Conveniência
Jônatas admite que foi por conveniência que se tornou militante do DEM (ex-PFL), que tem origem na antiga Arena, legenda que apoiou os militares durante a última ditadura (1964-1985). Um amigo lhe ofereceu a presidência da ala jovem do partido. “Até hoje, participei só de um congresso. Mas, pelo discurso deles, eu concordo”, afirma.
Na outra ponta ideológica, Leandro Soto, de 23 anos, defende que algum militante do PSTU – não necessariamente ele, ressalta – dispute as próximas eleições municipais em São Paulo, a maior cidade do país. Ele lembra que, na capital paulista, “o ponto central” do debate de um eventual candidato de seu partido deve ser a defesa da educação, a autonomia das universidades e o maior repasse de dinheiro para as instituições de ensino.
“Aqui em São Paulo, o governador José Serra tem atacado os órgãos públicos, como a USP”, lembra Soto, estudante de processo de produção na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Militante de movimentos sociais desde a época em que brigava pelo passe estudantil gratuito no Rio de Janeiro, ele lembra que qualquer discussão sobre os problemas da cidade tem que passar por uma análise nacional. “Falta dinheiro à saúde e à educação e os governos gastam mais com a dívida interna e externa”, protesta.
O PSTU ainda não definiu seus candidatos a vereador e a prefeito. Entretanto, Soto diz que está tranqüilo quanto à escolha dos nomes, porque há coerência entre a militância. “As minhas opiniões sempre estão sendo transmitidas pelos porta-vozes do partido.”
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