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Congresso em Foco
31/10/2007 | Atualizado 1/11/2007 às 8:41
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), expôs agora há pouco as condições que seu partido apresentará ao governo para que a PEC da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) tenha votos para a aprovação. O PSDB decidirá se votará com o governo na próxima terça-feira (6). O partido é considerado determinante para que a matéria seja aprovada no Senado, uma vez que os senadores do DEM, outro partido oposicionista, fecharam questão contra a prorrogação do tributo.
A cúpula do PSDB almoçou hoje (31) com o ministro Guido Mantega (Fazenda), quando foram apresentadas as propostas do Planalto para facilitar o diálogo com os senadores tucanos. De acordo com Arthur Virgílio, o governo sinalizou com isenção para quem recebe até R$ 1.640 de salário, com desconto no imposto de renda para salários acima dessa faixa.
Comedido, o senador continua apostando no diálogo para que se atinja um consenso “o mais amplo possível” sobre a questão. Entretanto, quer que as tratativas sejam realizadas com serenidade, passo a passo. “O PSDB tem de ter a proposta precificada, quantificada pelo governo, tempo para apresentação de uma eventual contraproposta nossa, e tempo para o governo estudar e opinar sobre nossa contraproposta há tempo de nós estarmos conscientes na reunião de terça-feira”, explicou o tucano, referindo-se ao grande debate da próxima semana, que unirá deputados e senadores de todos os partidos na discussão do tema.
“Será uma reunião amplíssima e importante, porque vamos reunir suplentes e titulares da comissão executiva nacional, todos os deputados e todos os senadores. Vai ser uma reunião em que todos terão direito a voz e a voto, para que o que seja decidido, para o bem ou para o mal, para o sim ou para o não, seja uma responsabilização de todo o partido”, declarou ao Congresso em Foco.
"O PSDB vai discutir algo substancial, com redução ou a isenção até uma determinada faixa (salarial), e depois um desconto no imposto de renda. Ou seja, isenção para quem recebe até R$ 1.640, de acordo com a proposta do governo, e desconto no imposto de renda para todos os outros brasileiros que ganham acima dessa faixa. Os números vão ser colocados no papel”, disse, depois de fazer graça sobre a hipótese de redução de 0,01% na alíquota do imposto do cheque (que atualmente é de 0,38%). "Isso foi 'morto' logo no início, era realmente uma brincadeira de mau gosto", concluiu.
Jucá: etapa vencida
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), reagiu com otimismo ao comentar a nova “disposição” do PSDB em relação à CPMF, depois do encontro com Guido Mantega.
“O encontro vai facilitar. Foi mais uma etapa que avançamos dentro desse processo de entendimento com o PSDB”, disse Jucá à reportagem. “Também conversamos com a base do governo, apresentamos a proposta para desonerar e diminuir tributos. Portanto, acredito que o processo está bem encaminhado, e a tendência é, já na próxima semana, termos construído esse entendimento”, concluiu. (Fábio Góis)
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