O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) afirmou há pouco ao Congresso em Foco que não acredita na volta de Renan Calheiros à presidência do Senado. Segundo o senador goiano, que seria um dos alvos de uma suposta tentativa de espionagem por parte do presidente licenciado, avalia que a saída Renan é uma estratégia para preservar seu mandato.
“O Jefferson [Péres (PDT-AM), relator da terceira representação contra Renan] vai apresentar o relatório pedindo a cassação de Renan. Nesse meio tempo ele renuncia à presidência para preservar seu mandato."
Demóstenes considera que o afastamento de Renan dará uma certa tranqüilidade aos trabalhos na Casa. Contudo, ele ressalta que os processos contra o peemedebista continuarão a tramitar no Conselho de Ética.
Em relação à proposta que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Demóstenes considera que Renan perdeu o apoio do governo, que percebeu que a matéria dificilmente seria aprovada no Senado com a permanência do alagoano. O imposto rende cerca de R$ 40 bilhões por ano aos cofres do governo.
“Com Renan na presidência seria impossível aprovar a CPMF”, afirmou. (Rodolfo Torres)