Eduardo Militão
O ex-subprocurador geral da República Miguel Guskow – pivô de um escândalo sobre venda de títulos públicos falsos no exterior e uma disputa comercial pelo mercado de softwares – hoje vive recluso. Aposentado do MPF em 2004, depois que uma comissão de inquérito recomendou sua demissão, ele trabalha como advogado no Distrito Federal.
Ele relatou ao Congresso em Foco que espera um julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) de um recurso contra o inquérito contra ele no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A intenção é trancar o inquérito. Guskow prevê que o julgamento saia em seis meses. Se obtiver sucesso, vai estudar tomar o mesmo caminho que o subprocurador Antônio Fonseca, que processa a União por danos morais.
De origem paranaense, Guskow mantém os hábitos desde a época em que foi acusado pelos colegas do MP por envolvimento em falcatruas. Todos os domingos, informam amigos, vai aos cultos da Igreja Batista Central, na Asa Sul. É diácono lá, revelam os líderes da igreja.
Desde 2004, quando pediu aposentadoria da PGR, Guskow se dedica à advocacia, em sua residência, na QI 13 do Lago Sul. Ele disse à reportagem que cuida de todo tipo de causa, nas áreas criminal, cível e trabalhista. “Advogo alguma coisinha. O que aparece aí”, comentou.