Folha de S. Paulo
PF diz que valerioduto pagava juiz que favoreceu PSDB-MG
“Rogério Lanza Tolentino, advogado do publicitário Marcos Valério, foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais e recebeu dinheiro do valerioduto durante a campanha de 1998, quando o então governador Eduardo Azeredo (PSDB) tentou, sem êxito, a reeleição. Atuando como juiz eleitoral, Tolentino votou favoravelmente ao candidato tucano em decisões próximas a depósitos em sua conta e na de sua mulher.
Relatório da Polícia Federal no inquérito do valerioduto mineiro registra que, entre agosto e outubro de 1998, foram feitos cinco pagamentos no total de R$ 302.350 ao juiz e a sua mulher, Vera Maria Soares Tolentino. Para a PF, seriam "recursos de estatais desviados para o caixa de coordenação financeira da campanha".
Tolentino alega que "foi advogado da agência SMPB, de Marcos Valério, entre 1988 e 2005", e que "os pagamentos se referem a acerto de honorários que ficaram atrasados". Os depósitos na conta da mulher foram feitos "por mera comodidade ou para evitar a cobrança de CPMF". A SMPB participou da campanha de Azeredo.”
PF apura pagamento a ex-assessor de Lula
“A pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, a Polícia Federal investiga pagamento de R$ 98,5 mil originário do valerioduto em 2003 para empresa de Freud Godoy, então assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os detalhes do pagamento constam de um laudo elaborado pelo INC (Instituto Nacional de Criminalística) com base na quebra de sigilo, obtida pela CPI dos Correios, da agência de publicidade SMPB, que pertencia ao empresário Marcos Valério de Souza, o operador do mensalão -esquema de desvio de recursos destinado a financiamento de políticos.
Os beneficiários dos recursos oriundos do valerioduto são alvos da segunda fase da investigação do mensalão, aberta em abril deste ano, quando o Supremo Tribunal Federal, também a pedido do procurador-geral, determinou a continuidade da apuração, centrada nos envolvidos que ainda não haviam sido denunciados.”
O Estado de S.Paulo
Brasil perde R$ 3 bilhões em um ano de crise aérea
“A crise que expôs as mazelas do sistema aéreo brasileiro começou há um ano, em 29 de setembro, quando um Boeing da Gol e um jato Legacy se chocaram no céu de Mato Grosso. São incalculáveis as perdas das famílias cujos parentes morreram nesse acidente e no do Airbus da TAM, em julho. A pedido do Estado, a consultoria MB Associados calculou os danos financeiros: R$ 3 bilhões. Ela levou em conta o impacto que o colapso dos aeroportos teve nos setores de turismo, lazer e serviços, e para as aéreas”
STF tende a vincular mandato de parlamentar a fidelidade partidária
“O Supremo Tribunal Federal (STF) tende a adotar na quarta-feira uma das medidas mais esperadas pela maioria dos eleitores, mas que os parlamentares insistem em desrespeitar. No julgamento dos mandados de segurança impetrados pelo PPS, DEM e PSDB, os ministros do STF devem impor aos políticos algum tipo de fidelidade partidária. A data a partir de quando deve valer essa fidelidade é que ocupará boa parte do debate no plenário da corte.
Os três partidos pedem que o Supremo lhes garanta a titularidade das vagas na Câmara que obtiveram nas últimas eleições (2006). Em caso de vitória, terão o direito de tomar os mandatos dos deputados que se elegeram pelos respectivos partidos, mas mudaram de legenda ao chegar ao Congresso. Desde outubro passado, só a Câmara contabiliza pelo menos 55 trocas de partidos. [...] O Estado apurou que entre a maioria dos ministros do STF é dada como certa a confirmação do entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de que os mandatos pertencem aos partidos, e não aos senadores, deputados federais, estaduais e distritais e vereadores. A decisão pode estancar um movimento comum, detectado logo depois das eleições: o esvaziamento da oposição e o inchaço da base governista, com deputados em busca de cargos, favores e liberação de emendas orçamentárias.”
O Globo
Aliados de olho nos contratos da Petrobras
“Cobiçada, a estatal teve lucro recorde de R$ 25,9 bilhões em 2006 e não precisa seguir a lei das licitações. A cobiça de partidos da base aliada do governo por cargos de direção na Petrobras é motivada não apenas por status e poder político. A maior empresa brasileira e oitava petroleira do mundo [...] faz contratações de valores tão elevados que ministério algum alcança e, muitas vezes, sem necessidade de licitação. Graças a um decreto editado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em agosto de 1998, um ano depois da quebra do monopólio da estatal, a Petrobras não segue a lei 8.666/93, a das licitações. O Tribunal de Contas da União (TCU), em acórdão publicado dia 10 deste mês, voltou a determinar que a empresa atenda à 8.666/93, e apontou “restrição à competitividade em diversos convites”, sem divulgar quais.”
Correio Braziliense
Bolsa família não impede evasão escolar
“Em 320 municípios, o benefício que ajuda a aplacar a miséria de 8 milhões de pessoas não assegura a presença do estudante em sala de aula. O abandono dos estudos aumenta desde 2001 nas cidades onde há mais beneficiados. É o que revela o Correio, no início da série de reportagens 'O ABC do atraso', sobre os problemas da educação no país.”
DEM e PSDB se afastam na disputa pelas capitais
“A um ano das eleições municipais, DEM e PSDB sinalizam um distanciamento para 2008 depois da derrota nas urnas na disputa presidencial do ano passado. Enfraquecido com apenas um governador (José Roberto Arruda, no Distrito Federal), o DEM aposta na eleição municipal como fundamental para fortalecer o novo nome da legenda (antigo PFL), e mostrar que pode se desvincular politicamente do PSDB nas urnas em 2010. Como principal objetivo, traçou manter em suas mãos as prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro.
Já os tucanos são mais ambiciosos: querem oito capitais. E apostam em três prioritárias: São Paulo, Curitiba e Salvador. Ciente da exposição de um divórcio com o DEM, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), que assumirá este ano a presidência do PSDB, minimiza. “As eleições municipais têm características próprias, regionais. Cada estado é uma equação”, afirmou.”