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Congresso em Foco
26/7/2007 | Atualizado às 1:32
Eduardo Militão
A CPI do Apagão Aéreo ouve hoje (26) o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho. Na terça-feira, ele afirmou que os dados da investigação sobre o acidente com o Airbus 320 da TAM – que matou, conforme os dados oficiais divulgados até o momento, 199 pessoas – são exclusivos do órgão que dirige. Ontem, vários deputados se mostraram insatisfeitos com a declaração. Eles lembraram que a CPI tem poderes judiciais para requisitar informações.
O depoimento de Kersul está marcado para as 11h de hoje. Até ontem, a audiência com ele estava marcada apenas para a próxima semana.
Antes da audiência, às 9h, os deputados votarão vários requerimentos. Entre eles, o que pede acesso aos dados da caixa preta do avião. O deputado Efraim Filho (DEM-PB) voltou dos EUA em missão para acompanhar a análise do equipamento e afirmou que os dados do artefato vão trazer novidades para o caso. “O coronel Fernando Camargo [que dirige a investigação do acidente] me disse que há elementos novos para o caso”, contou o parlamentar. Segundo ele, o coronel não revelou o teor dessas informações.
Os membros da CPI vão pedir a convocação de Camargo, além da do presidente da Pantanal (uma aeronave da empresa teve problemas ao aterrissar em Congonhas na véspera do acidente da TAM) e do superintendente da Infraero em Congonhas e de um representante da Airbus, fabricante do avião. Outro pedido a ser apreciado é uma audiência pública com as famílias das vítimas do acidente e também do acidente com o Boeing da Gol, em setembro do ano passado.
Quebra de sigilo
Por decisão do PV, o deputado Fernando Gabeira (RJ) apresenta hoje requerimento para que o sigilo bancário de toda a diretoria da Infraero e da Anac seja quebrado. O anúncio foi feito ontem pelo deputado Sarney Filho (MA). “O que se diz é que há uma relação imprópria entre esses órgãos e as empresas de avião”, explicou o deputado.
Naquele momento, o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, presente à CPI, onde depunha, disse não temer qualquer investigação. “Não tenho problema nenhum de apresentar minhas contas e meu patrimônio. Fico absolutamente tranqüilo”, afirmou ele aos membros da comissão. Apesar disso, Gabeira disse que a quebra de sigilo terá pouco efeito prático neste momento. O procedimento é demorado e costuma gerar questionamentos no Supremo Tribunal Federal por parte das pessoas sujeitas à investigação.
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