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Congresso em Foco
25/7/2007 | Atualizado às 15:56
O nível de tensão e de confronto com o presidente da Agência Nacional de Avição Civil (Anac), Milton Zuanazzi, cresceu gradativamente ao longo da reunião da CPI do Apagão Aéreo.
Por volta do meio-dia, o deputado Vic Pires Franco (DEM-PA) discutiu asperamente com o depoente. Enquanto o parlamentar enumerava supostas omissões na Anac, Zuanazzi ria das considerações. “Eu gostaria que o senhor não risse de uma tragédia como essa”, reclamou Vic Pires.
Zuanazzi respondeu de pronto. “O senhor me respeite. O senhor não vai pregar moral”, rebateu o presidente da Anac.
“O senhor abriu aquela pista assassina. Não fez nada para merecer a medalha. Deveria devolvê-la”, continuou Vic Pires aos gritos, referindo-se ao recebimento da medalha Mérito Santos Dumont que a aeronáutica concedeu a Zuanazzi em cerimônia realizada três dias após o acidente com o avião da TAM. O presidente da comissão teve que intervir.
Antes disso, a deputada Luciana Genro (Psol-RS) disse que a situação do transporte aéreo brasileiro “merecia palavras muito duras”. A deputada disse que Zuanazzi e sua diretoria tem sido “ou incompetentes ou omissos”, além de trabalharem em favor das empresas.
Luciana Genro afirmou que, em oficio à 6ª Vara Federal de São Paulo, o procurador da Anac, Paulo Roberto Gomes de Araújo, disse que o acidente da TAM se devia a evidências de falhas mecânicas e que as condições da pista não contribuíram para a tragédia que matou cerca de 200 pessoas no dia 17 de julho. “O mínimo que o senhor deveria fazer era pedir demissão além de devolver aquela medalha”, bradou ela.
Zuanazzi defendeu-se dizendo que a medalha foi entregue por serviços prestados à aeronáutica e que não viu nenhum sinal de desrespeito com as vítimas do acidente ao receber a condecoração. O presidente da Anac também negou as acusações de Luciana Genro, mas preferiu não entrar em detalhes.
Outro que também entrou em conflito com Zuanazzi foi o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).
Ao ser questionado sobre quem havia verificado e autorizado o funcionamento do Airbus A 320 que se acidentou no último dia 17, Zuanazzi chamou um de seus assessores para ajudá-lo com a resposta.
“O Airbus passou pela checagem C, que é a mais rigorosa”, garantiu ele.
Porém Gabeira disse que ficou ‘inquieto” pelo fato do presidente da Anac, uma semana após o acidente, não saber quem havia homologado o avião.
Zuanazzi disse que a presença dos assessores era apenas para “tranqüilizar” os deputados, mas que poderia pedir que eles deixassem a reunião se fosse necessário. (Eduardo Militão)
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