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Congresso em Foco
30/1/2011 20:48
Fábio Góis
Certa ocasião, em novembro de 2007, a reportagem deste site acompanhou o então senador Jefferson Peres (PDT-AM), morto em 23 de maio de 2008, em lenta caminhada pelo "túnel do tempo", corredor com peças históricas que liga alguns gabinetes ao plenário do Senado. Cabisbaixo, Jefferson havia acabado de emitir seu parecer sobre um dos processos que o presidente da Casa à época, Renan Calheiros (PMDB-AL), respondia no Conselho de Ética: recomendava aos pares que cassassem o mandato do peemedebista, acusado ter usado "laranjas" para adquirir veículos de comunicação em Alagoas (confira).
"Recebi uma missão que eu não pedi, uma missão que não dá prazer, mas que tem de ser cumprida. Procurei fazer isso com serenidade e isenção. Acho que consegui", resumiu o senador, mostrando desalento sobre os possíveis rumos que o processo tomaria a partir de seu parecer. "Não faço avaliação, minha missão está cumprida. Vou apenas votar na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça, para onde o relatório seguiu] e no plenário, não estou atrás de mobilizar votos a favor de meu parecer", esclareceu. "Eu fiz a minha parte. Que o Senado faça a sua." Como se sabe, a orientação do senador foi em vão: Renan seria absolvido em plenário dias depois, na única sessão da legislatura em que todos os 81 senadores se reuniram.
Leia: Senado só esteve completo para absolver Renan
A narração do episódio serve para mostrar que a morte de um parlamentar não lança suas ações ao esquecimento. Ao contrário, elas viram registro importante no resgate da história política do país. Ainda mais quando se constata a nobreza de seus propósitos.
Foram 19 mortes de parlamentares, de todas as regiões do país, na legislatura que se encerra nesta terça-feira (1º). Entre fevereiro de 2007 e janeiro de 2011, 14 deputados e cinco senadores encerraram sua trajetória na vida, tendo sido a morte do senador Eliseu Resende (DEM-MG) o registro mais recente, no último dia 2. Nomes mais conhecidos em nível nacional, como Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), Clodovil Hernandes (PR-SP) e Enéas (PR-SP), juntaram-se na mesma sina a outros menos famosos (confira a lista abaixo).
Com o respeito que o tema merece, este site relembra ao leitor quais foram - e quando - os congressistas que não puderam chegar ao fim do mandato. Confira a lista, em ordem cronológica:
DEPUTADOS
Gerônimo da Adefal (PFL-AL), 11 de março de 2007
Enéas (PR-SP), 6 de maio de 2007
Júlio Redecker (PSDB-RS), 18 de julho de 2007
Nélio Dias (PP-RN), 20 de julho de 2007
Ricardo Izar (PTB-SP), 2 de maio de 2008
Max Rosenmann, 25 de outubro de 2008
Mussa Demes (DEM-PI), 6 de novembro de 2008
Adão Preto (PT-RS), em 5 de fevereiro de 2009
Clodovil Hernandes (PR-SP), 17 de março de 2009
João Herrmann (PDT-SP), 12 de abril de 2009
Carlos Wilson (PT-PE), em 11 de maio de 2009
Dr. Pinotti (DEM-SP), 1º de julho de 2009
Fernando Diniz (PMDB-MG), 17 de julho de 2009
Alberto Silva (PMDB-PI), em 28 de setembro de 2009
SENADORES
Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), 20 de julho de 2007
Jonas Pinheiro (DEM-MT), 19 de fevereiro de 2008
Jefferson Peres (PDT-AM), 23 de maio de 2008
Romeu Tuma (PTB-SP), 26 de outubro de 2010
Eliseu Resende (DEM-MG), 12 de janeiro de 2011
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