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Congresso em Foco
10/4/2010 6:00
[/caption]Renata Camargo
O 
cabo de guerra entre a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma 
Rousseff, e o pré-candidato do PSDB, José Serra (SP), vai se esticar ainda mais 
a partir de hoje (10). Neste sábado, em Brasília, o ex-governador de São Paulo 
oficializa a sua pré-candidatura ao cargo máximo do Executivo. E para não deixar 
a concorrência brilhar sozinha sob os holofotes da mídia, a pré-candidata 
petista vai ao ABC Paulista participar também nesta manhã de um encontro com 
sindicalistas. 
O encontro tucano será realizado no auditório do Centro 
de Convenções Brasil 21, a partir das 9h. O PSDB aguarda 4 mil pessoas no 
evento. Mais de mil apartamentos foram reservados nos hotéis da capital federal 
para receber lideranças do PSDB, do DEM e do PPS. Em São Paulo, seis centrais 
sindicais prometem milhares no evento que irá discutir sobre "emprego e 
qualificação profissional". Os petistas não escondem que a ofensiva é para 
bombardear o encontro do PSDB. 
"Não devemos entrar nessa competição 
insana. Primeiro, a Dilma vai ao túmulo de Tancredo, depois de tudo o PT fez 
para combatê-lo. Depois vem com essa proposta da 'Dilmasia', que não revela 
muito equilíbrio. Eu, sinceramente, não dou a menor bola para esse evento do PT. 
O Serra não se apoia em ombro de ninguém, apoia-se no que ele já fez", disse o 
líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). 
Corpo a corpo 
A polarização das eleições entre tucanos e petistas promete 
intensificar as críticas mútuas entre Dilma e Serra. Segundo tucanos no 
Congresso, o discurso do candidato paulista neste sábado será no sentido de 
mostrar as diferenças entre ele e Dilma, na perspectiva de um debate mais corpo 
a corpo, em contrapartida aos discursos da ex-ministra, baseado em comparações 
entre os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso. 
"O discurso de Serra 
vai ter o tom da campanha. Vai ser um tom mais direto de alianças e sobre sua 
gestão. Serra deve marcar as diferenças dele com Dilma, não vai ficar comparando 
governos. Ele vai fazer esse contraponto de olho no futuro", considerou o líder 
da Minoria na Câmara, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). 
O encontro dos 
tucanos foi convocado pela aliança PSDB, DEM e PPS. O discurso de Serra está 
previsto para as 12h. Antes do pré-candidato, falarão ao público os presidentes 
do PPS, Roberto Freire (SP), do DEM, Rodrigo Maia (RJ), e do PSDB, Sérgio Guerra 
(PE), nessa ordem. Também irão discursar o ex-governador Aécio Neves (MG) e o 
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. 
Os discursos de FHC e 
do ex-governador mineiro são aguardados com grande expectativa. Aécio é 
considerado peça-chave na campanha de Serra. O ex-governador de Minas, que 
queria disputar a Presidência, é visto pelos tucanos como um reforço de peso 
para angariar eleitores mineiros para Serra. Os petistas, por outro lado, 
apostam na popularidade de Lula em Minas para se contrapor à influência de Aécio 
no estado, segundo maior colégio eleitoral do país, com 14 milhões de eleitores. 
Fernando Henrique tem manifestado confiança de que Aécio irá 
apoiar plenamente a campanha de Serra, sem fazer corpo-mole. Em 2002, 
o mineiro foi acusado por tucanos de fazer pouco esforço em favor da 
candidatura de Geraldo Alckmin ao Planalto. O ex-presidente justifica que Aécio 
tem interesse na vitória de Serra para concretizar outro desejo: ser presidente 
do Senado. 
"Só vai faltar a Ana Hickmann" 
O 
encontro de apoio a Dilma será realizado no Sindicato dos 
Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. O presidente da Força Sindical, 
deputado Paulinho da Força (PDT-SP), definiu o evento como uma "arrancada de 
campanha da Dilma partindo do berço político de Lula", o ABC Paulista, onde o 
petista começou sua atuação sindical. "Vamos ter de tudo. Só vai faltar a Ana 
Hickmann", disse Paulinho em tom de brincadeira, em alusão ao fato de a 
apresentadora da TV Record Ana Hickmann ser a mestre de cerimônia do lançamento 
da pré-candidatura de Serra. 
O PT espera por um evento de proporções 
grandiosas. Segundo o diretório local do partido, a rua em frente ao sindicato 
deve ser fechada e serão instalados telões para o público. Os sindicalistas vão 
debater questões trabalhistas, como redução da jornada de trabalho para 40 horas 
semanais e o fator previdenciário. 
Dilma chegará ao encontro 
acompanhada do presidente Lula e, assim como ele, também falará à multidão. 
Participam do evento membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força 
Sindical, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Central dos Trabalhadores e 
Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil 
(CGTB), e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), além de outros 
sindicalistas e representantes de movimentos sociais. 
A expectativa é 
que Dilma seja ovacionada pelos companheiros do ABC. Esta não será a primeira 
vez que a pré-candidata terá receptividade efusiva entre sindicalistas na 
região. Em maio do ano passado, nas comemorações dos 50 anos do sindicato, a 
então ministra da Casa Civil foi recebida com o coro "olê, olê, olê, olá, Dilma, 
Dilma" e um buquê de lírios. Naquela ocasião, Dilma teve mais atenção do que o 
próprio Lula. No evento de hoje, não deve ser diferente.
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