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Arruda tentou subornar testemunha do mensalão

Congresso em Foco

4/2/2010 19:16

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[caption id="attachment_37309" align="alignleft" width="300" caption="No intuito de melhorar sua situação na investigação da PF, Arruda tentou subornar testemunhas do mensalão"]No intuito de melhorar sua situação na investigação da PF, Arruda tentou subornar testemunhas do mensalão[/caption]

Mário Coelho

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, tentou nas últimas semanas mudar o rumo das investigações contra ele com propostas de suborno. A tentativa descoberta na manhã desta quinta-feira (4) pela Polícia Federal, que culminou na prisão do funcionário público aposentado Antônio Bento da Silva, é, de acordo com o que apurou o site, a primeira de muitas que podem vir à tona. Isso porque algumas testemunhas informaram à Polícia Federal que foram procuradas com propostas financeiras para mudar suas versões em favor de Arruda.

Ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, o alvo do suborno, Bento deixou claro que estava falando no nome do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido) e que o dinheiro era para o jornalista desacreditar, em depoimento, as gravações em poder da PF contra o governador. Ele confirmou aos policiais federais, em depoimento, que o suborno seria feito a mando de Arruda. E que, no total, o dinheiro chegaria a R$ 1,2 milhão, divididos em seis parcelas.

Ele contou inclusive que esteve "várias vezes" na residência oficial de Águas Claras para receber instruções. A escolha de Bento para ser o emissário do suborno é simples. Ele e Sombra se conhecem há muitos anos, desde os tempos em que o funcionário público trabalhava na Companhia Energética de Brasília (CEB). Quando se aposentou, teve um emprego prometido pelo governador, mas não aceitou. Sombra, então, ofereceu um emprego de gerente comercial em um jornal de sua mulher, Wânia.

Desde então, a PF passou a monitorar os envolvidos na investigação, tanto como testemunha quanto como investigados. O flagrante da manhã de hoje, realizado na doceria Torteria di Lorenza, no bairro Sudoeste, em Brasília, ocorreu após o jornalista Edmílson Edson dos Santos, o Sombra, avisar aos responsáveis pelo caso que Bento havia feito contato para fechar a negociação ontem (3). A ideia inicial era pagar os R$ 200 mil na casa de Sombra.

Porém, ao ser avisada, a PF informou que não teria condições de montar uma operação de prisão em flagrante em questão de horas. Por isso, o encontro ficou para hoje. De acordo com os depoimentos prestados na tarde desta quinta-feira à Polícia Federal, Arruda mandou outros emissários para tentar subornar Sombra, o responsável por articular com o Ministério Público o depoimento do ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa. As denúncias feitas por Durval revelaram o esquema de propina envolvendo deputados distritais e membros do governo do DF.

A tentativa de suborno a testemunhas de acusação do mensalão do Arruda começou na segunda quinzena de janeiro. De acordo com pessoas próximas ao caso ouvidas pelo Congresso em Foco, emissários do governador já conversaram com outras pessoas intimadas a depor na Polícia Federal oferecendo dinheiro em troca de depoimentos favoráveis ao chefe do Executivo local.

Desde a segunda quinzena de janeiro, os recados vindos de Águas Claras ficaram mais fortes. A proposta, então, seria concretizada hoje. A operação foi gravada em áudio e vídeo pela Polícia Federal. Preso na manhã desta quinta-feira, Bento está desde o fim da tarde de hoje na carceragem da instituição. Após ser questionado pelos policiais e passar por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), ele foi levado a uma cela da Superintendência Regional da PF em Brasília.

De acordo com a PF, ele vai responder pelo crime de suborno de testemunha, previsto no artigo 343 do Código Penal. A pena é de três a quatro anos de prisão. Na sentença, o juiz pode aumentar a pena em até um sexto do tempo se o crime é praticado para interferir em processo no qual a administração pública é parte. Segundo a assessoria de imprensa do GDF, a tentativa de suborno é uma armação do grupo ligado a Durval Barbosa.

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