Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Exclusivo: austríacos de olho no mercado de jogos no Brasil

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Exclusivo: austríacos de olho no mercado de jogos no Brasil

Congresso em Foco

14/5/2008 | Atualizado 15/5/2008 às 11:47

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA


Lúcio Lambranho

Quartas-de-final da Copa do Brasil, terça-feira (13), Corinthians e São Caetano se enfrentam em Ribeirão Preto (SP). Se estivessem com confiança e dinheiro no bolso, torcedores dos dois times poderiam sentar à frente do computador e apostar no resultado do jogo em sites de apostas esportivas, hospedados onde o jogo é legal, fora do país.

No caso de vitória, além da alegria por seu time, o torcedor levaria um prêmio para casa, pagaria pelo menos a cerveja da comemoração, e poderia até ganhar um dinheiro extra, dependendo do valor apostado.

Mas, apesar de ainda não haver uma legislação específica sobre jogos online no Brasil e o governo resistir em reabrir mais de 1.500 casas de bingos espalhadas pelo país (leia mais), o torcedor-apostador poderia nesse caso ser enquadrado na Lei das Contravenções Penais.

É que apostas em corridas de cavalo fora de hipódromos ou em lugares não autorizados e "qualquer outra competição esportiva" são enquadradas como contravenção, segundo o decreto-lei, de 1941, que proibiu o jogo de azar no país.

"Isso é jogo de azar e o jogador brasileiro pode ser penalizado. Não se pode usar a desculpa de que o site está hospedado fora do país", afirma o promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro, integrante do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e um dos responsáveis pela denúncia contra a chamada máfia do apito, que atuou no Brasileirão de 2005.

Por dentro do tema, o promotor paulista apura atualmente quem são os responsáveis pelo anúncio de um site de apostas colocado dentro do estádio do Morumbi, durante um jogo recente da Taça Libertadores da América. José Reinaldo alega que não pode dar detalhes sobre a investigação, mas disse que o caso é também apurado por um inquérito da Polícia Federal (PF), em São Paulo.    

Apostas como as do exemplo acima, consideradas ilegais pelo promotor, podem ser feitas em vários sites internet afora. Não por acaso, mais apostadores brasileiros começam a ser disputados por empresas internacionais de jogos.

Peso pesado

O Congresso em Foco conversou com exclusividade, na última terça-feira (13), com diretores de uma das gigantes desse mercado, a austríaca Bwin. No site da empresa é possível apostar, inclusive, em jogos da Copa do Brasil e das séries A e B do Campeonato Brasileiro, ambos com direitos de comercialização da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Dona de umas das maiores casas de apostas esportivas online do mundo e patrocinadora de três dos maiores clubes de futebol do mundo (Real Madrid, Milan e Barcelona), a empresa revelou ao site seu interesse de operar no Brasil, de olho na paixão dos brasileiros pelo futebol.

Dois diretores da Bwin, além de representantes de outras duas empresas austríacas do setor de jogos, fazem parte da comitiva do primeiro ministro da Áustria, Alfred Gusembauer, que visita o Brasil esta semana.

Domínio.com.br 

Christian Deutinger, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Bwin, disse que ainda não há nenhum movimento da empresa para entrar no mercado brasileiro, mas o grupo já levanta dados sobre o potencial do mercado nacional.

A possibilidade de o governo federal legalizar as casas de bingos e outras modalidades de jogo de azar tem agitado o mercado online. Ainda em 28 de junho de 2006, a Nameaction Brasil Ltda, filial brasileira de uma empresa chilena de mesmo nome, registrou o domínio com o nome da empresa austríaca em território nacional, o bwin.com.br.

O diretor da empresa austríaca explicou ao site que o domínio registrado no Brasil não foi feito pela empresa e que esse tipo de registro sem autorização é normal nesse mercado. "Provavelmente foi alguém que pretende lucrar no futuro, caso a empresa venha mesmo para o Brasil", disse. Por enquanto, Deutinger afirma que é preciso dar "um passo após o outro" e que nada será feito antes da legalização dos jogos no país.

Problemas na Europa

Mesmo sem uma legislação que restrinja à jogatina online, na Europa, empresas como a Bwin estão sempre no "fio da navalha", principalmente na relação com grandes os clubes de futebol e ligas esportivas.

O contrato com o Real Madrid coloca a Bwin novamente no centro da polêmica envolvendo a casa de apostas e o patrocínio simultâneo a entidades esportivas.

Ao fecharem no ano passado o contrato de três anos, no valor estimado em 25 milhões de euros, com a equipe espanhola, os austríacos puseram uma pedra na polêmica iniciada em 2005, quando o clube de Madri denunciou a casa de apostas.

Segundo jornais europeus, por uso ilegal de sua imagem, assim como a de seus jogadores. Zidane, Figo, Ronaldo, Raúl e Beckham, os maiores craques do time na época, também chegaram a se unir à denúncia apresentada pelo Real. 

Outros casos também já atormentaram os negócios da Bwin. A empresa, que patrocina a principal liga de futebol de Portugal, está recorrendo ao Supremo Tribunal de Justiça Europeu contra uma multa de 74.500 mil euros aplicada pela entidade que regula o jogo no país.

Segundo os jornais econômicos portugueses, a multa foi aplicada porque, em agosto de 2005, os austríacos fecharam o contrato de patrocínio do campeonato, mas uma entidade conhecida como Santa Casa da Misericórdia alega que o negócio violou seus direitos exclusivos pela exploração do jogo na internet.

Por lá, a ação é considerada como "um caso que ameaça limitar o monopólio dos 27 Estados da União Européia nos jogos de sorte ou azar". Seria inaceitável, diz a defesa dos advogados portugueses, permitir que as companhias de jogo privadas "forçassem a liberalização do mercado contra a vontade das nações européias e sem a existência de uma legislação harmonizada na União Européia".

"Estranha associação"

O promotor do Gaeco é categórico ao definir que os jogos de azar, tanto no Brasil como no exterior, são "o pano de fundo de atuação de quadrilhas na exploração de bingos, caça-níqueis e similares". "Há, ainda, ligadas à ativ

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Garibaldi diz ser inadmissível "extremismo" no governo

Debate sobre terra indígena termina em bate-boca

Carlos Minc será o novo ministro do Meio Ambiente

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

PEC 3/2021

Veja como cada deputado votou na PEC da Blindagem

2

GOVERNO

Lula escolhe Emmanoel Schmidt Rondon para presidir os Correios

3

INFRAESTRUTURA

MP do Setor Elétrico é aprovada na Câmara em último dia de validade

4

IMUNIDADE PARLAMENTAR

Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara

5

Educação e Pesquisa

Comissão de Educação aprova projeto para contratação de pesquisadores

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES